NOVA VERSÃO

Marcos do Val muda versão sobre suposto plano golpista de Bolsonaro e diz que não vai renunciar ao Senado

Mais cedo, ele relatou que teve uma reunião com o ex-deputado Daniel Silveira e com o ex-presidente Jair Bolsonaro em que foi discutido um plano de golpe. Disse também que cogitava deixar o mandato.

Ipolitica com informações do Estadão

Atualizada em 02/02/2023 às 16h04
Marcos do Val muda versão sobre suposto plano golpista de Bolsonaro e diz que não vai renunciar ao Senado
Marcos do Val muda versão sobre suposto plano golpista de Bolsonaro e diz que não vai renunciar ao Senado (Agência Senado)

BRASÍLIA- O senador Marcos do Val (Podemos-ES) disse nesta quinta-feira (2) que não vai  renunciar ao mandato e, assim, continuará no Senado.No início da tarde, o senador disse que recebeu pedidos de colegas senadores e da própria filha para que continuasse no mandato.

Marcos Do Val (Podemos-ES), em sua primeira versão, diz ele foi convidado por Jair Bolsonaro e Daniel Silveira para integrar uma operação em que ele iria gravar uma conversa com Alexandre de Moraes, expô-la e iniciar uma cadeia de tumultos institucionais que abriram caminho para um golpe. Agora o senador mudou sua versão sobre o golpe. Na nova versão apresentada por Do Val diz a ideia não partiu de Bolsonaro, mas de Daniel Silveira. “O que ficou claro para mim foi o Daniel achando uma forma de não ser preso de novo, porque toda hora ele descumpria as ordens do ministro (Moraes). Ficou muito claro que ele estava num movimento de manipular e ter o presidente (Bolsonaro) comprando a ideia dele”, afirmou Do Val em entrevista coletiva em seu gabinete no Senado.

Segundo o senador, o plano foi apresentado na frente do ex-presidente em reunião no Alvorada. A nova declaração coincide com as falas feitas hoje no Senado por Flávio Bolsonaro, que disse não ter visto crime algum no caso e que tudo não passou de ideia de Daniel Silveira.

“O presidente (Bolsonaro) estava numa posição semelhante à minha, ouvindo uma ideia esdrúxula do Daniel”, disse Do Val. “Quando a imprensa diz que ele me coagiu, isso não confere”, prosseguiu o senador desmentindo as falas feitas em live durante a madruga, quando afirmou que Bolsonaro o “coagiu para que eu pudesse dar um golpe de Estado junto com ele”.

Nesta quinta, o ministro Moraes aceitou um pedido da Polícia Federal (PF) e determinou que Do Val preste depoimento em até cinco dias no inquérito que investiga o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, durante o governo Bolsonaro, por tentativa de golpe no ataque à sede dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.


 

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