Abertura dos trabalhos

Senado pede reforço de policiamento para posse de senadores

Polícia do Senado encaminhou ofício ao interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli.

Agência Senado

Sede do Senado também foi atacada no 8 de janeiro
Sede do Senado também foi atacada no 8 de janeiro (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

BRASÍLIA - A Polícia do Senado encaminhou ofício ao interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli, solicitando reforço de policiamento nas imediações do Congresso para os dias 1º e 2 de fevereiro, quando ocorrem as cerimônias de posse dos novos senadores e a reabertura dos trabalhos legislativos. 

Assinado pelo diretor da Secretaria de Polícia do Senado, Alessandro Morales, o documento identifica cenários de risco, alerta Capelli sobre a projeção política das duas cerimônias e faz referência aos ataques sofridos pelos três Poderes da República, no dia 8 de janeiro, quando extremistas deixaram um rastro de destruição no Palácio do Planalto e nas sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). 

“Ressalte-se que eventos dessa magnitude contam com a previsão de participação de diversas autoridades, e no caso da cerimônia de abertura dos trabalhos legislativos, há ainda a expectativa de comparecimento dos chefes dos três Poderes da República”, argumenta Morales no ofício entregue na quarta-feira (25). 

Na posse do novo secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, Capelli informou que o plano para as cerimônias dos dias 1º e 2 já está pronto. De acordo com ele, como não há notícia de novos ataques, o planejamento é preventivo e será repassado no dia 30 de janeiro, às 17h, com os comandos das forças de segurança. 

Esquema especial - No dia 1º de fevereiro, haverá duas reuniões chamadas de preparatórias. Na primeira, marcada para as 15h, serão empossados os 27 senadores eleitos em outubro, o que representa um terço das 81 cadeiras do Senado. Na segunda reunião será eleito o presidente da Casa. E na terceira serão escolhidos os demais membros da Mesa — dois vice-presidentes e quatro secretários, com respectivos suplentes.

De acordo com o secretário-geral da Mesa do Senado, Gustavo Saboia, a cerimônia contará com segurança reforçada, e um esquema especial está sendo adotado com credenciamento específico para o evento — o que permite controle maior da circulação das pessoas dentro das dependências do Senado. De acordo com o secretário, também haverá um número maior de detectores de metal para acesso ao prédio do Congresso.

— É uma forma de aumentar a segurança — declarou.

Além dos 27 senadores eleitos em outubro passado, a cerimônia de posse contará com a presença de outros senadores, seus familiares e representantes dos três Poderes.  

Na quinta-feira (2), às 15h, será realizada a sessão solene de reabertura dos trabalhos do Congresso.   

Vandalismo - No dia 8 de janeiro, a Polícia do Senado enfrentou um cenário de vandalismo destruição e conseguiu evitar um prejuízo ainda maior nas estruturas físicas, gabinetes e do acervo histórico da Casa. Responsável por coordenar a equipe que ficou na linha de frente contra os invasores, o chefe do Serviço de Policiamento, Ricardo de Sousa, disse à Agência Senado que desde o início daquele domingo havia uma preocupação latente devido aos ônibus que chegaram ao acampamento em frente ao QG do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília.

Até agora, a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao STF denúncias contra 39 pessoas que participaram dos atos antidemocráticos e que foram presos dentro do Senado. Os invasores são denunciados por uma lista de cinco crimes — entre eles, o de golpe de Estado. 

Nesta quarta-feira (25), o Senado identificou mais 23 invasores que depredaram o Congresso durante a invasão do dia 8. A Polícia Legislativa da Casa identificou os envolvidos a partir de imagens das câmeras de segurança do prédio. Esses novos nomes devem ser encaminhados à PGR pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para que eles sejam investigados.

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