VITÓRIA - O juiz Antônio Leopoldo Teixeira foi preso em Vitória, no fim da tarde desta sexta-feira. Ele é acusado de ser o mandante do assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho. Ele foi assassinado com três tiros no dia 24 de março de 2003, por volta das 8h, quando chegava à academia Belle Forme, em Vila Velha, na Grande Vitória, no Espírito Santo. Segundo testemunhas, os disparos foram feitos por dois homens que o aguardavam em uma moto, em frente à academia.
Antônio Leopoldo teve a prisão pedida pelo Ministério Público Estadual e foi acatada pelo desembargador Pedro Valls Feu Rosa. Ele foi preso quando prestava um segundo depoimento, que durou cerca de meia hora, ao desembargador. Depois, ele foi levado para o Quartel da Polícia Militar, em Vitória. O acusado prestou depoimento, pela primeira vez, na última quinta-feira, mas o teor do interrogatório não foi divulgado. O primeiro depoimento, realizado em sigilo, durou, aproximadamente, três horas.
O juiz Antônio Leopoldo Teixeira foi afastado pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo depois de ter seu nome citado pelo secretário de Segurança do Espírito Santo, Rodney Rocha Miranda, como sendo o principal suspeito do crime do juiz Alexandre, que investigava o crime organizado no estado.
De acordo com o secretário, os indícios colhidos durante a investigação e o depoimento de uma testemunha apontam com clareza para o envolvimento dele no assassinato. Antônio Leopoldo era sucessor de Alexandre Martins de Castro Filho na Vara de Execuções Penais (VEP) do estado.
Alexandre Martins de Castro Filho sucedeu Antônio Leopoldo Teixeira como titular da Vara de Execuções Penais. Sua morte teria sido encomendada por Teixeira depois de várias representações feitas contra ele por Alexandre em função de indícios de irregularidades na vara, como tráfico de influências, vendas de sentenças, concessão de regimes para pistoleiros na Colônia Penal Agrícola e até mesmo coação de técnicos para que dessem pareceres favoráveis ao que ele pedia.
Castro Filho era titular da 5ª Vara de Execuções Penais e investigava o crime organizado no estado e tinha recebido ameaças de morte. Ele era carioca, tinha 32 anos e trabalhava no estado desde 98.
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