Mistério sobre equipe de Lula deve acabar amanhã

Andreza Matais, Agência Nordeste

Atualizada em 27/03/2022 às 15h25

BRASÍLIA - O mistério que vem agitando o meio político de todo o País nestes últimos dois meses deve ser desvendado nas próximas 48 horas.

Nesta quarta ou quinta-feira o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve, finalmente, anunciar os nomes dos ministros que formarão a sua equipe. A promessa foi feita assim que Lula embarcou para a sua primeira viagem internacional, no último domingo. "Vocês podem ficar tranqüilos que na semana que vem (esta semana) começarei a anunciar o ministério. Vou matar a curiosidade de vocês só por volta da quarta-feira", disse aos jornalistas antes da visita à Argentina e ao Chile.

Nomes cotados para assumir as mais diversas pastas não faltaram nos últimos dias. O ex-deputado Humberto Costa (PE) para a Saúde, o deputado

federal Jaques Wagner (BA) para a Integração Nacional e o senador eleito Cristovam Buarque (DF) para a Educação. Nenhum deles, entretanto, foi

confirmado. Certeza mesmo, somente da vaga de José Dirceu e de Antonio Palocci e do critério que Lula adotou para compor a sua equipe.

De acordo com pessoas que estiveram com o futuro presidente recentemente, um dos critérios é a distribuição regional dos cargos. Desta forma, o petista tentará evitar formar uma equipe majoritariamente paulista, repetindo assim o que fez o atual presidente, Fernando Henrique Cardoso.

Para a cientista política Lúcia Hipólito, ao adotar critérios regionais na formação de sua equipe, Lula conseguirá garantir uma "distribuição

federativa mais equilibrada". Caso contrário, avalia, as demais regiões acabarão ficando, novamente, em segundo plano. "É natural que o ministro paulista conheça melhor as áreas de produção do seu Estado e acabe trabalhando mais por ele", disse.

De acordo com interlocutores do presidente, um dos propósitos de Lula em dar representatividade a todos os estados no primeiro escalão do seu governo será minimizar o poder de alguns caciques que serão seus adversários nos próximos quatro anos. Com a indicação de Humberto Costa para a Saúde, por exemplo, ele fortaleceria o PT em Pernambuco e neutralizaria o poder do governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e do grupo ligado do vice-presidente da República e senador eleito, Marco Maciel (PFL).

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