Especialistas de 20 países discutem metodologia única para identificar pobreza

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 15h26

Especialistas em estatísticas de pobreza de 20 países da Europa e dos continentes norte e cento americano estão reunidos no Rio, discutindo as experiências de seus países. Eles querem encontrar uma metodologia única para identificar a pobreza no mundo.

O objetivo do Grupo do Rio, criado pela Organização das Nações Unidas e coordenado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é, segundo o presidente do IBGE, Sérgio Besserman, oferecer aos governos estatísticas uniformes para que eles possam implementar políticas eficientes de combate à pobreza.

De acordo com Besserman, os indicadores usados no Brasil, como renda, acesso a serviços de saúde, educação e saneamento, estão na vanguarda da América Latina, mas ele acredita que ainda é preciso avançar no conhecimento do fenômeno em todo o mundo. “Não se trata apenas de avaliar a baixa renda, embora este seja o principal, mas incorporar muitas outras variáveis", afirma.

Especialistas de países como Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, que participam até esta sexta-feira da 5ª Reunião do Grupo do Rio, na sede do IBGE, no Maracanã, também consideram que a avaliação sobre a percepção de uma pessoa sobre si mesma, se ela se considera pobre e como vive é fundamental para mensurar a pobreza no mundo, por isso, a pobreza subjetiva é um dos principais temas em discussão.

O consultor da Escola de Economia de Londres, Peter Townsend, a metodologia para identificar a pobreza deve levar em conta não só os aspectos materiais, como renda e acesso a serviços, mas, também, as relações sociais do indivíduo. Para o especialista inglês, as políticas públicas desenvolvidas nos últimos 20 anos por vários países do mundo não têm sido eficazes no combate à pobreza pela falta de informações mais profundas sobre o fenômeno.

Cristiane Ribeiro

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