Depressão pode ter sido motivo para suicídio de Byron

Agência Nordeste

- Atualizada em 27/03/2022 às 15h26

RECIFE - Ex-interventor de Jaboatão dos Guararapes, por três meses, com a indicação do governador de Pernambuco Jarbas Vasconcelos (PMBD), em 1999, Byron Sarinho era o nome mais cotado do PPS para integrar o primeiro escalão do peemedebista, no seu segundo mandato, a partir de janeiro. O pós-comunista era da cota pessoal do governador e tinha bom trânsito no Palácio das Princesas.

Sério, pragmático, e bem sucedido profissionalmente, segundo avaliação dos amigos mais próximos, Byron não tinha motivos para o suicídio. A razão que o levou a tirar a própria vida, contudo, pode não ter sido revelado na carta aberta que deixou aos amigos.

O secretário executivo do Instituto Cultural Vicente Pinzón, Carlos Sampaio, acredita que o suicídio pode ter sido provocado por uma depressão motivada por alguma doença que não foi revelada aos amigos. Auxiliar de Byron, Sampaio disse que ele vinha se queixando de fortes dores de cabeça nos últimos 15 dias.

“Ele chegou a fazer exames, mas não sei se foi ressonância magnética ou tomografia. Byron também não falou o nome do médico, nem revelou o resultado”, afirmou Sampaio. A informação também foi confirmada pelo chefe de gabinete do prefeito Elias Gomes, Natanael José de Lima. “Ele vinha sentido dores de cabeça sérias”, acrescentou.

Brincalhão, o pós-comunista escondia uma outra face, de acordo com um dos seus colegas, o advogado Gilberto Marques. Apesar de também ser conhecido como namorador e boêmio, Byron era muito sozinho. “Ele era muito solitário, introvertido. Acho que estava num processo crônico de depressão”, testemunhou.

A avaliação do psiquiatra Augusto Maciel e da psicóloga Santana Moura também reforça, de certo modo, a tese de que o pós-comunista poderia estar sendo vítima de uma problema de saúde grave, mesmo sem ter revelado. Segundo Maciel, as causas para um suicídio são muito complexas e não podem ser resumidas.

“Há fatores de estresse agudo, situações extremas. O alto risco de depressão em homens fica entre a idade de 45 anos, divorciado ou viúvo, com relações interpessoais conflituosas, doenças crônicas ou consumo excessivo de substâncias”, frisou. A psicóloga Santana Moura acrescentou que “o sofrimento é tão intenso, sem perspectivas, que viver é uma tortura maior, mais insuportável do que morrer”.

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