Ferrovia

Ampliação da Norte-Sul será inaugurada por Lula

A companhia pretende construir um quarto píer, orçado em cerca de R$ 2 bilhões, a partir do próximo ano.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 13h25

SÃO LUÍS - Os presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Vale, Roger Agnelli, participarão, no próximo dia 9, possivelmente no fim da manhã, em Colinas do Tocantins (TO), das inaugurações do pátio de carregamento de grãos e do trecho de 452 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul, que vai de Açailândia, no Maranhão, até a cidade tocantinense.

Esse é o primeiro trecho a ser inaugurado após a Vale ter arrematado em outubro de 2007, em leilão, com lance mínimo de R$ 1,478 bilhão, a subconcessão para exploração comercial de 720 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul, até Palmas, no Tocantins, pelo período de 30 anos. A Vale já vem operando o trecho de 200 quilômetros de Açailândia até Porto Franco, no Maranhão. Em Açailândia, a Norte-Sul se conecta à Estrada de Ferro Carajás (EFC) no Km-513.

A construção desse trecho a ser inaugurado - de 213 quilômetros, de Araguaína a Guaraí, e de 148 quilômetros de Guaraí até Palmas - é de responsabilidade da Vale Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, empresa pública, vinculada ao Ministério dos Transportes, com recursos da subconcessão. “O último trecho, de Guaraí a Palmas, será concluído em dezembro de 2009”, informou o diretor de logística da Vale, Zenaldo Oliveira.

Segundo ele, nos 30 anos de subconcessão, a Vale será responsável pela operação, conservação, manutenção, monitoração, melhoramentos e adequação do trecho de 720 quilômetros da Norte-Sul. Para capacitar a ferrovia, a companhia investirá, nos próximos dois anos, o valor de R$ 66 milhões em infra-estrutura, que inclui aquisição de locomotivas e vagões, sinalização, pátios de carregamento e oficinas. “Até 2012, iremos adquirir mais 47 locomotivas e 1.400 vagões para operar na ferrovia, de acordo com a demanda de transporte de cargas”, complementou.

Com a conclusão e operação total do trecho, a Vale tem a expectativa de que haja um grande impacto na área de influência da Norte-Sul, abrangendo os estados do Maranhão, Tocantins, Pará, Piauí e Nordeste do Mato Grosso, atraindo novos investimentos, principalmente em relação à produção de grãos para exportação.

Atualmente, a Vale transporta 1,7 milhão de toneladas de grãos (basicamente soja) e outras cargas, como fertilizantes. Com a exploração da Ferrovia Norte-Sul, a empresa prevê que somente a movimentação de grãos salte para 8,8 milhões de toneladas em 2013. “A nossa perspectiva é que possamos vir a transportar, além da soja, milho e outros grãos, combustível, bebida, cimento, entre outras”, informou Zenaldo Oliveira.

PORTO

De nada adiantará todo esse investimento na Norte-Sul, se o Porto do Itaqui, para onde convergirá o escoamento da produção de grãos da área de influência da ferrovia, não estiver preparado para atender à crescente demanda. Para evitar um futuro “gargalo”, a Vale está negociando com a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) a concessão de mais um berço para movimentação de carga.

Atualmente, a Vale opera o píer 2 (berço 105), no porto do Itaqui, cujo contrato de concessão findará em 2010, onde movimenta soja, farelo de soja, cobre e ferro-gusa. Os outros, o píer 1, com profundidade de 23 metros, e o píer III, de 21 metros de calado, são responsáveis pela movimentação de minério de ferro, manganês e pelotas.

A companhia pretende construir um quarto píer, orçado em cerca de R$ 2 bilhões, a partir do próximo ano. O Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) do projeto estão sendo analisados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema).

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