Acredita em hipnose?

Maranhense de Caxias demonstra hipnose em vídeo e explica como funciona

Cayro Léda, de 35 anos, que já foi mágico, é professor de hipnose e derruba mitos sobre o tema.

Neto Cordeiro/Na Mira

Atualizada em 27/03/2022 às 11h01

SÃO LUÍS – Imagine, de repente, topar com aquele artista que é seu ídolo. Foi quase isso que aconteceu com a redatora do Grupo Mirante Márcia Carlile, durante um número de hipnose do maranhense Cayro Léda. Pelo menos, na mente dela, era o ator Gerard Butler quem estava a sua frente naquele momento e não o hipnotista. Assista ao vídeo:

Pode ser meio difícil de acreditar e até complicado de entender, mas a brincadeira tratou-se de uma hipnose de entretenimento. No comando, Cayro Léda, de 35 anos, que é professor de hipnose do International Hypnosis Institute (IHI). Ele começou a dinâmica das mãos grudadas com cinco redatores da Mirante. No entanto, a hipnose não funciona em todo mundo, e, logo nos primeiros minutos da brincadeira, dois ficaram de lado por não entrarem no transe. No decorrer da dinâmica, foi Márcia quem mais mergulhou fundo no transe.

Cayro explica que, geralmente, em um grupo, há aquele ou aqueles que acabam mesmo sendo hipnotizados. Normalmente, algumas pessoas até se desconcentram por assistirem a algo tão incomum a sua frente. Ele ressalta que o hipnotizado não perde a consciência e pode sair do transe na hora em que quiser.

Foto: Neto Cordeiro/Imirante.com.
Foto: Neto Cordeiro/Imirante.com.

“Se a pessoa está hipnotizada ou está no transe, e eu falo assim: ‘Agora você vai esquecer seu nome!’ Você está no transe e, mesmo que tente, não vai conseguir lembrar seu nome”, explica o hipnotista. “Imagine que você está com sono, o mais fácil é fechar os olhos e dormir, mas se aparecer um tigre, você corre. Na hipnose é mais ou menos isso. Se você quiser continuar na brincadeira, você vai seguir as ordens. Mas você não tem a opção de lembrar do nome se tiver no transe. E, geralmente, o próprio hipnotista termina a hipnose”, destaca Cayro.

Segundo ele, existem três tipos de hipnose principais:

Hipnose do entretenimento: realizada de forma recreativa, apenas como brincadeira, por exemplo, como esta feita na redação da Mirante.

Hipnoterapia ou hipnose clínica: ajuda em questões emocionais, também a tratar determinadas condições psicossomáticas e traz benefícios à saúde;

Auto-hipnose: utilização das ferramentas de hipnose em si próprio tanto para o desenvolvimento pessoal, quanto para o profissional e assemelha-se à meditação. Pode ser usada para ter foco ou controlar a ansiedade, por exemplo.

A hipnose também pode ser usada como forma de anestesia ou de analgesia. De acordo com Cayro, consiste em um relaxamento por meio hipnose para que a pessoa perca o medo e não sinta dor. A anestesia consiste em um comando direto, por exemplo, em caso de vacinação ou tatuagem: “Você não vai sentir dor neste braço!”. Não há tempo determinado para durar a hipnose, e a escolha de sair do transe é da pessoa.

Mitos sobre a Hipnose

Hipnose é um controle de mente?

Não. Se a pessoa hipnotizada quiser continuar no transe, ela não vai conseguir se livrar das ordens. Mas ela tem a opção de sair da hipnose por conta própria.

Inconsciência?

Não. A pessoa não fica inconsciente e está o tempo todo ouvindo tudo. Para obedecer as ordens, a pessoa precisa conseguir ouvir e entender o hipnotista.

Alguém fica preso na hipnose para sempre?

Não. Se ao hipnotista sumir ou morrer, a pessoa volta ao normal.

Origem

Cayro Léda nasceu em Caxias (MA), estudou o ensino médio na capital São Luís e partiu para fazer faculdade de Engenharia de Produção em Minas Gerais. Morou nos EUA, onde trabalhou como mágico por um ano e meio.

Desde criança já gostava de fazer truques, com base nos mágicos que assistia na televisão. Segundo ele, a influência da família foi zero. “Aprendi sozinho algumas mágicas”, afirmou.

“No meio da mágica, eu conheci um hipnotista, há uns 15 anos, foi meu primeiro contato. Mas só alguns anos atrás que eu resolvi me dedicar à hipnose”, acrescentou. Cayro Léda buscou se profissionalizar na área e hoje possui formações nacionais e internacionais em Hipnose, Neurociência e Programação Neurolinguística (PNL).

Em junho do ano passado, o maranhense foi Recordista Brasileiro em Memória na categoria “Speed Cards”, atingindo a marca de quatro minutos e 20 segundos, memorizando cartas de baralho. O próximo passo é tentar entrar para o Guinness Book, na categoria “Decorar o máximo de sequência de cores”.

Foto: Arquivo Pessoal.
Foto: Arquivo Pessoal.

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