Cuidados

Saiba os riscos da moda das unhas postiças

Sinônimo de beleza e estilo, as unhas postiças também podem ser vilãs para sua saúde.

Na Mira, com informações da assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h01
É preciso cuidados especiais com as unhas postiças, segundo médico dermatologista.
É preciso cuidados especiais com as unhas postiças, segundo médico dermatologista. (Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS - A história aponta que desde meados do século XIX as unhas postiças são uma tendência. Nessa época, as aplicações serviam para mostrar que a realeza não precisava fazer trabalhos manuais. Com o tempo, muita coisa mudou, mas as unhas postiças continuam na moda, garantindo praticidade e estilo. Foi o que levou a estudante Jayanne Melo optar pelo alongamento com acrigel. As unhas ficaram longas e bonitas, mas logo veio a decepção. Na hora de retirar o produto as unhas estavam fracas e quebradiças.

Leia também:

Saiba como prevenir a micose nas unhas das mãos e dos pés

Unhas decoradas nas cores do Brasil viram tendência ​

Especialista desvenda mitos sobre as unhas de fibra de vidro​

Os moldes em gel para alongar as unhas, dependendo da técnica utilizada, trazem riscos para a saúde. O médico dermatologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Diogo Pazzini, explica que certos produtos podem conter o metacrilato - substância que pode levar a uma dermatite de contato. “Unhas postiças também aumentam o risco de infecções por fungos, levando a micoses, além de contribuir para unhas fracas e quebradiças. Além disso, unhas postiças podem mascarar e até esconder doenças ungueais, incluindo câncer, que podem acometer as unhas”, destaca o profissional.

O especialista explica ainda que há inúmeras opções de cosméticos e produtos destinados às unhas, mas que é preciso cautela, pois alguns também podem provocar alergia. “Até mesmo o uso ininterrupto de esmalte causa o enfraquecimento das unhas, por isso é preciso uma pausa, sendo no mínimo de uma semana no mês, ou pelo menos uns dois a três dias de intervalo entre a esmaltação”, alerta.

Voltando a história da estudante Jayanne Melo, seu grande arrependimento foi não ter procurado um profissional adequado para realizar o procedimento. “Elas quebravam demais, ficavam descascando, ressecadas. Passou muito tempo para elas voltarem ao normal, fiquei um longo período com a unha curta. Tenho uma amiga que fez e deu até infecção na unha dela”, relata.

Outras experiências

A empresária Thaís Nunes já trabalhou com aplicação de unha em gel e fibras, mas hoje é apenas consumidora desse tipo de produto. Ela conta que um ponto importante para a manutenção das amadas unhas é que seja feita de forma frequente, dependendo do tamanho de cada uma. “Nunca tive problemas. Sempre tem um grande processo de tratamento antes de usar a cola. Tem que hidratar, alguns produtos ajudam”, frisa.

Já a cabeleireira Débora Samilly expõe que, no começo, chegou a ter problemas, mas que tudo não passava de falta de atenção e cuidado. “Eu não entendia muito. Minhas unhas foram totalmente destruídas. Eu tirei o alongamento com os dentes, então arrancou parte delas, isso deixou o local sensível e muito dolorido. Não conseguia nem pegar as coisas”, desabafa.

Por fim, o que fica de aprendizado com a fala do dermatologista e das consumidoras, é que não há nada de errado em utilizar unhas artificiais, mas que é preciso muito cuidado e manutenção para que problemas como os relatados sejam evitados, afinal, do que vale unhas bonitas por fora e nada saudáveis por dentro?

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.