SÃO JOÃO INVISÍVEL

Projeto solidário de São Luís ajuda pessoas que ficaram sem renda devido falta de São João

São João Invisível ajuda pessoas que não podem trabalhar pelo segundo ano consecutivo.

Cainã Oliveira / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h02
Carlos Moraes trabalha como vendedor de pipoca há 10 anos
Carlos Moraes trabalha como vendedor de pipoca há 10 anos

SÃO LUÍS - Durante todo o mês de junho, o SLZ Invisível (São Luís Invisível), estará contando histórias de pessoas que perderam sua renda que era proveniente das vendas durante o período junino em seu perfil oficial do Instagram.

O projeto é em parceria com uma distribuidora do ramo alimentício e se chama São João Invisível, onde todo o valor arrecadado com doações será convertido para cestas básicas.

#SãoJoãoInvisível

Pelo segundo ano consecutivo, a festa mais tradicional do Maranhão não será realizada em decorrência da pandemia provocada pelo novo coronavírus. São mais de 470 dias vivendo de forma isolada, onde rostos que eram invisíveis se tornaram ainda mais para a sociedade.

Mais do que toadas e batalhões pesados, o São João também é marcado por sons, aromas e sabores. Entre eles, o som da pipoca estalando, o cheiro daquele churrasquinho na brasa e o sabor daquele milho cozido. Coisas que também fazem parte das nossas festividades e, infelizmente, terá que ser adiado mais uma vez.

No mesmo formato do Carnaval Invisível, que ajudou catadores de latinhas em parceria com uma marca de cerveja maranhense, o São João Invisível também busca ajudar pessoas que trabalham nas ruas durante as festividades juninas e ficaram sem renda mais uma vez.

Entre aqueles que serão ajudados, está o Carlos Moraes, vendedor de pipoca há 10 anos, que confessa que a renda extra que era proveniente do São João faz muita falta e não vê a hora da pandemia passar.

“No tempo do São João a gente fazia 300 reais, 400, e agora a gente não tá fazendo quase nada. A gente ‘tá’ querendo que acabe logo essa pandemia que é pra começar o São João e a gente tirar um dinheirinho melhor, porque como tá, tá difícil”, afirmou Carlos Moraes.

A campanha tem como objetivo ajudar pessoas que por algum motivo são “invisibilizadas” pela sociedade, isto é, pessoas que são muito importantes, mas por vezes são esquecidas e passam despercebidas por nós.

Outra pessoa que será ajudada pelo projeto, a Alessandra, ela trabalha há seis anos como vendedora e é conhecida como a “Tia da batata do Reviver”. Ela conta que além da renda, sente falta do movimento de pessoas no Centro Histórico de São Luís e que no ano que vem, teremos grandes festividades.

"Tenho 6 anos como ambulante. [Atualmente] Não tem nenhum movimento pra gente 'né'? E em uma época dessa de São João tinha bastante gente uma hora dessas. Para o ano nós teremos um grande São João, Carnaval, isso tudo faz a gente ganhar um extra”, relatou Alessandra.

Alessandra é conhecida como a
Alessandra é conhecida como a "Tia da batata do Reviver".

Dessa vez, no mês de Junho, as histórias contadas pelo perfil do SLZ Invisível (@slzinvisivel) serão daqueles que costumavam vender comida durante o período junino. Tudo o que for arrecado será convertido em cestas básicas para as pessoas que foram entrevistadas.

Para ajudar o Carlos, a Alessandra e outros vendedores que ficaram sem renda devido a não realização do São João, você pode colaborar com qualquer quantia através do PIX: CNPJ 01028132000194

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