Conhecendo talentos

Conheça o cantor e multi-instrumentista maranhense Edilson Gusmão

Artista já fez participações com grandes nomes da música.

Raunyr dos Santos / Na Mira

Atualizada em 27/03/2022 às 11h04
Edilson Gusmão, músico, professor e produtor cultural. (Foto: Divulgação/arquivo pessoal).
Edilson Gusmão, músico, professor e produtor cultural. (Foto: Divulgação/arquivo pessoal).

SÃO LUÍS – Nascido em São Luís, Edilson Gusmão, de 42 anos, é cantor, compositor, professor, músico multi-instrumentista e produtor cultural. Também participou de vários festivais nacionais e internacionais. Fez participações com vários artistas, inclusive nacionais, como Arlindo Cruz e Dudu Nobre. Em entrevista ao Na Mira, ele conta um pouco sobre sua trajetória.

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Edilson, inicia sua trajetória no ramo musical desde pequeno, quando participava das celebrações religiosas no bairro onde morava, no Maiobão, em Paço do Lumiar. “Eu via as pessoas tocando e cantando e aquilo tomava minha atenção a ponto de me fazer chegar cedo pra ficar perto deles observando a dinâmica daquele universo”, disse.

Desde muito cedo, Gusmão, já tinha uma aptidão à música. Ele utilizava objetos da casa para simular instrumentos, como relatava sua mãe. “Minha mãe (in memorian) relatava que sempre houve uma predisposição à música que podia ser vista quando as vassouras da casa se tornavam guitarras e as panelas e suas tampas, uma bateria improvisada no fundo do quintal.”, frisou o artista.

Início de carreira

Seus primeiros trabalhos musicais foram no âmbito religioso, na produção de eventos para a Arquidiocese de São Luís, nos anos em que fora seminarista, isso em 1996. Após deixar o seminário, Edilson, assume uma grande responsabilidade para um músico até então desconhecido. “No ano seguinte, após sair do seminário, Chico Pinheiro me procurou e disse: ‘Meu preto, o Barrica tá precisando de um violonista, creio que você tem o perfil pra tentar essa vaga. Topas?’ Deu logo um frio na barriga, né? Todos sabemos que a Cia Barrica tem uma obra musical lindíssima e estar lá seria de uma responsabilidade imensurável para um músico até então desconhecido no cenário, mas eu topei. Recebi das mãos de Godão alguns Cd’s, cifras e partituras para que eu estudasse e depois fosse a um ensaio teste com os intérpretes e, posteriormente, com o elenco do grupo. Parecia concurso público (risos)”, contou.

Festivais

O artista permaneceu até o ano de 2008 na Companhia Barrica, desde então resolveu trilhar outros caminhos, com a intenção de mostrar vertentes diversas de seu trabalho e assim conquistar o seu próprio espaço no cenário musical maranhense.

Participou de vários Festivais Musicais, no Brasil, como em São Paulo Rio de Janeiro, Brasília, Recife; e também no exterior como Itália, Dubai, França México e Alemanha. “Essa participações ocorreram na época em que eu era sideman no Barrica. Os festivais de folclores são riquíssimos do ponto de vista do intercâmbio cultural, espaço de celebração de bens simbólicos de todo o planeta” disse.

Gusmão continua “A cada oportunidade dessas encontrei novas motivações para continuar a ser um agente cultural e defensor dos bens culturais do meu estado. Espero ainda poder conhecer mais e mais, sobretudo do Brasil que é tão único e ao mesmo tempo, amplamente diverso”, relatou.

Participações com artistas

Enquanto músico, trabalhou com grandes nomes como: Ubiratan Sousa, Giordano Mochel, Luis Mochel, Gabriel Melônio, Josias Sobrinho, Inácio Pinheiro, Roberto Brandão, Rosa Reis, Chiquinho França, Mano Borges, Mestre Antônio Vieira, Chico Saldanha, Fátima Passarinho, Gerude, Tutuca, Lopes Bógea, Tereza Canto, Roberto Ricci, Carlinhos veloz, Cecília Leite, Célia Leite, César Nascimento, Wellington Reis, Fernando de Carvalho. Nome nacionais fazem parte da sua lista, como Arlindo Cruz, Diogo Nogueira, Délcio Luís, Sombrinha, Dudu Nobre, Jorge Aragão, Ana Cláudia, e outros.

Projetos

Edilson é professor universitário, e já criou alguns projetos. Ele destaca a importância de iniciativas em que levem a acesso a música. “Como educador musical e vindo de um contexto em que o acesso aos estudos sempre foram limitados decidi retribuir, de alguma forma, tudo que conquistei por meio da música. Não considero que os projetos sejam grandiosos, mas destaco que é importante que cada um de nós faça um pouco e essa somatória resulte em grandes ganhos para a sociedade e pro mercado de trabalho da educação e do mundo dos shows e perfomance” , frisou.

Pandemia

Há 20 anos atua como cronner em bares e restaurantes, com o surgimento da pandemia da Covid-19, esses estabelecimentos fecharam, prejudicando todos àqueles que sobrevivem da música. Edilson afirma que as lives foram grandes aliadas nesses tempos. “Durante a pandemia as lives foram a grande válvula de escape onde muitos amigos e seguidores aderiram ao que eu chamo de ‘chapéu virtual’", disse.

Planos para 2021

O artista contou ao Na Mira, que nos últimos anos sua agenda é sempre movimentada e que planeja muitas atividades para este ano. “ Sobre o que planejo para o ano de 2021 sempre digo que eu trabalho com música o ano inteiro no formato que adotei nos últimos anos, e toda semana tenho uma agenda movimentada em locais que acreditam na minha música. Estarei lançando dois materiais com mídia fonográfica sendo um para o público católico e outro para quem acompanha meu trabalho nas redes sociais e nas casas que me acolhem como profissional da música”, termina dizendo.

Assista ao vídeo:

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