Música maranhense

Marcos Lamy volta à cena musical de São Luís com o disco "Meio"

O artista propõe reflexões sobre o cotidiano e o momento político.

Na Mira, com informações da assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h08
Marcos Lamy é músico maranhense, cantor e cientista social.
Marcos Lamy é músico maranhense, cantor e cientista social. (Foto: Ingrid Barros)

SÃO LUÍS - O artista maranhense Marcos Lamy está de volta à cena musical para lançar seu mais novo disco, intitulado “Meio”, no início deste mês de abril. Com 11 faixas, o CD traz debate político e reflexões sobre processos que permeiam o cotidiano. A videografia será lançada no YouTube nesta sexta-feira (3), e o álbum estará disponível dia 10, no Spotify.

“Meio” se posiciona de forma estratégica e fundamental no momento sensível que se desenrola politicamente no país. A gente está vivendo um momento de secção. As pessoas estão perdendo o diálogo, se separando, distanciando, e pra mim, a forma de enfrentar isso é o contrário, é a gente entender o outro”, explica Lamy.

O músico conta que, antes de compor, avaliou o que precisava dizer enquanto artista, e dá a deixa sobre o termo que nomeia o CD: “Todas as coisas que eu quero dizer no CD mostram como eu enxergo tudo na vida enquanto processo, ao mesmo tempo em que tudo nessa vida é absolutamente imerso no seu meio ambiente”.

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Aqueles que acompanham Lamy desde o início de sua carreira, com a banda Nova Bossa, passando pelos shows e festivais que agitaram São Luís entre 2009 e 2016, poderão encontrar em “Meio” uma sonoridade semelhante ao “Cabeça ao Fai” (2014), que bebe da cultura popular por meio da experimentalidade, acompanhada de canções que revisitam o Lamy do disco “Eu Tô é Tu” (2013). “Eu procuro alcançar uma forma de fazer música que seja mais popular, não no sentido que a gente pensa o pop, mas no sentido que a gente entende popular, uma coisa que é acessível”, provoca.

O público pode esperar, ainda, participações de artistas da cena local e nacional, como Núbia, Adnon, Ico dos Anjos, Phill Veras, Luiza Brina, Hermes Castro, Yma e Bruna Magalhães. Sobre as parcerias, Lamy explica que a intenção, desde a concepção do disco, era aglutinar muitas vozes à sua. “Eu chamei as pessoas que eu achei que sinceramente iriam querer dizer essas palavras. São pessoas que têm como apresentar as artes delas junto com as minhas, através do meu CD”, comenta.

A volta de Lamy

Lamy lança o álbum “Meio” após três anos morando em São Paulo e uma pausa na carreira musical. Por isso, o artista considera esse momento como uma volta, e diante do contexto que o país e o mundo estão inseridos, avalia o disco como uma ponte que pode levar à reflexão.

”Muitas vezes a música pode ser um alento para momentos de grande ansiedade e angústia como o confinamento que estamos tendo que lidar, e espero que minha música possa ter esse papel. Além disso, também parece existir um sentimento geral de que as coisas precisam de alguma forma ser diferentes uma vez que superarmos essa crise, e de novo, as coisas que eu desejo de diferente para todos nós de forma maior ou menor estão todas manifestadas no Meio”, comenta o músico.

Sobre Lamy

Marcos Lamy é músico maranhense, cantor, cientista social e, sobretudo, um criador e propagador cultural. Sempre imerso em ambientes ricos musicalmente, começou a tocar violão aos 13 anos, e foi forjado através de referências artísticas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Los Hermanos, além da cultura popular maranhense do Bumba-meu-boi ao Terecô.

Nos palcos de São Luís e do Brasil desde 2008, iniciou sua trajetória na banda Nova Bossa, com os músicos André Queiroz, Phill Veras e Hermes Castro, e, após o término do grupo, saiu em carreira solo lançando os discos “Eu Tô é Tu” (2013) e “Cabeça ao Fai” (2014). Já participou de festivais como o BR 135, Webfestvalda e Fun Music. Agora, o músico se prepara para presentear o púbico com seu terceiro álbum de estúdio, intitulado “Meio”.




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