Dança Aqui

Programa que incentiva a dança de rua em São Luís abre inscrições

As inscrições serão aceitas até o dia 20 de março de 2020.

Na Mira, com informações do CCVM

Atualizada em 27/03/2022 às 11h09
Esta é a segunda edição do projeto Dança Aqui.
Esta é a segunda edição do projeto Dança Aqui. (Foto: Giselle Bossard)

SÃO LUÍS - O Centro Cultural Vale Maranhão (CCVM) abre nesta quinta-feira (27) as inscrições para a segunda edição do programa "Dança Aqui", que seleciona grupos de dança de rua sediados em São Luís ou cidades da Grande Ilha, que tenham interesse em ocupar as salas do CCVM para ensaiar aos sábados.

Serão selecionados até oito grupos de dança de rua que irão ensaiar nas dependências do CCVM por quatro meses. O programa será realizado de abril a dezembro de 2020. Ao final da etapa de ensaios haverá uma mostra reunindo apresentações de todos os grupos.

As inscrições serão aceitas até o dia 20 de março de 2020. Os interessados em participar devem enviar todas as informações solicitadas na ficha de inscrição disponível no site. O envio pode ser por e-mail (contato@ccv-ma.org.br) ou por vídeo, que deve conter todas as informações solicitadas na ficha de inscrição e uma apresentação do trabalho do grupo. O vídeo pode
ser enviado para o whatsapp (98) 98479 9061. A lista dos grupos selecionados será publicada no site do CCVM em abril de 2020.

Cada grupo selecionado irá sugerir profissionais da dança, reconhecidos na área em que atuam, para que realizem oficinas que ajudem no desenvolvimento dos trabalhos, as oficinas também serão abertas ao público. Os selecionados terão acesso aos equipamentos disponíveis de som, luz e projeção, além de ajuda de custo para transporte e figurino.

Em 2019, participaram do programa os grupos de dança Revolução das Ruas/CIA. Arte e Rua, Krump Up SLZ, Os Menor do Funk, LionHearted Fam, Plano B Crew, Enme + Juçara Squad e Crushes. Vieram a São Luís para realizar oficinas Kid Guma (SP), André Rockmaster (SP), Sidy IDD (RJ), Marcelinho BackSpin (SP), Lucas Montty (BA), Queen Buckhype (Alemanha) e Kid Eyes (Gana/ Alemanha), criando oportunidades especiais de aprimoramento e contatos para os dançarinos maranhenses.

A cantora Enme, com seu grupo Juçara Squad, participou do Dança Aqui no segundo semestre de 2019. Ela destaca o estímulo que o programa dá à cultura hip hop e aos artistas que costumam estar à margem. “Ter um espaço de estudo, de produção, de troca de experiência e ensaio nos ajudou a desenvolver grandes performances. Tudo é uma reação em cadeia, com as melhorias vieram também a visibilidade e o reconhecimento, como o prêmio que recebemos em São Paulo”, considera.

“O Dança Aqui ajudou muito os grupos. É muito difícil conseguirmos um espaço para ensaiar e o CCVM proporcionou isso. Tivemos as oficinas com convidados de fora que possibilitaram maior qualidade ao nosso trabalho. Aprendi muita coisa, estávamos juntos, sonhando junto com os outros grupos, estudando, trocando ideia, o que fez nos aproximarmos mais como movimento e como dançarinos”, recorda Gilvan Outsider, dançarino do Krump Up SL.

Para Romildo Rocha, coordenador do grupo Os Menor do Funk, formado por adolescentes da Vila Embratel, além de melhorar a técnica de dança, o programa também estimulou o exercício da cidadania dos participantes. “O edital fez com que os meninos saíssem da Vila Embratel e conhecessem um outro ambiente, pois muitos deles não tinham esta possibilidade”, avalia.

A diretora e curadora do CCVM, Paula Porta, destaca que “a dança tem muita força no Maranhão, podemos observar isso tanto na cultura popular como na cultura das periferias. O CCVM tem atuado nesse campo procurando fortalecer os grupos. A edição de 2019 foi maravilhosa, além da energia dos grupos com o quais tivemos o prazer de conviver o ano todo, as oficinas foram incríveis e tiveram uma grande participação do público”.

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