Internacional

Estudantes maranhenses fazem campanha para participar de congresso na Europa

Alunas do curso de Direito da UFMA pedem doações para representar o Maranhão no II Congresso Global de Direitos Humanos, em Portugal.

Na Mira

Atualizada em 27/03/2022 às 11h10
Estudantes da UFMA pedem doações para custear ida a congresso em Portugal. (Foto: Reprodução)
Estudantes da UFMA pedem doações para custear ida a congresso em Portugal. (Foto: Reprodução)

SÃO LUÍS - As estudantes maranhenses Karla Dutra, de 24 anos e Fernanda Trindade, de 28, começaram uma campanha nas redes sociais para conseguir representar o Estado durante o II Congresso Global de Direitos Humanos, que será realizado entre os dias 15 e 18 de janeiro, na cidade de Lamego em Portugal.

Desde 2018, Karla e Fernanda, que são alunas do curso de Direito da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em São Luís, começaram a desenvolver uma pesquisa sobre a crise migratória venezuelana que afeta o Brasil desde 2015, e está sendo causada principalmente, por conta da crise financeira que o país enfrenta.

O projeto surgiu após as maranhenses terem percebido uma grande quantidade de imigrantes venezuelanos no Maranhão, o que despertou o interesse em saber se eles estavam recebendo assistência do governo estadual, por meio de políticas públicas que fossem efetivas e que atendessem de maneira digna essas pessoas.

A ideia virou uma pesquisa acadêmica que foi aprovada pelo edital de estágio internacional da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), que custeou todo o desenvolvimento da pesquisa na Universidade de Salamanca, na Espanha, durante três meses.

Karla Dutra e Fernanda Trindade com seu orientador espanhol, Pedro Garrido Rodríguez. (Foto: Reprodução)
Karla Dutra e Fernanda Trindade com seu orientador espanhol, Pedro Garrido Rodríguez. (Foto: Reprodução)

O que as maranhenses não sabiam é que a estadia no país espanhol traria inspiração suficiente para buscar novos desafios. Por influência do orientador maranhense Dr. Cássius Guimarães Chai e do espanhol Dr. Pedro Garrido Rodríguez, Karla e Fernanda decidiram inscrever o projeto no Congresso de Direitos Humanos, que será realizado em Portugal.

O projeto foi aprovado e as maranhenses reuniram forças para conseguir juntar dinheiro para bancar os custos de inscrições. Com a ajuda de amigos, elas decidiram criar uma campanha na internet para custear o projeto e representar o Maranhão durante o congresso. A meta é alcançar R$ 3 mil e as doações podem ser realizadas por meio deste site.

De acordo com Karla Dutra, a ida para o congresso será fundamental para ajudar na criação de políticas públicas de amparo a esses imigrantes para o Maranhão e auxiliar o Estado na fase de interiorização dessas pessoas, as recebendo de forma digna e dando oportunidade para que elas possam recomeçar suas vidas.

“Vamos lá para ver o que tem sido feito em outros países em relação as políticas públicas, para que a gente possa instituir, de forma semelhante, aqui no Maranhão. Nossa pesquisa tem como objetivo auxiliar na fase de interiorização dessas pessoas e proporcionar para a sociedade civil respostas efetivas sobre essa crise que também atinge o nosso estado”, disse.

Fernanda Trindade explica que a ideia é buscar respostas que foram levantadas durante a pesquisa e principalmente, fazer com que as autoridades governamentais reajam em relação as crises migratórias, com o olhar voltado para a condição humana dos imigrantes.

“Nós queremos ir ao congresso para buscar respostas para os questionamentos que a gente levantou durante a elaboração da nossa pesquisa, ideias que podem ser concretizadas para o Maranhão. Diante da chegada deles, a gente precisa reagir, o estado do Maranhão precisa reagir, mas não de qualquer forma. Reagir com respaldo, dentro das normas e com o olhar voltado para a condição humana dessas pessoas”, finalizou.

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