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Imicast: saiba como games podem combater ansiedade e depressão

Estudos apontam que o hábito de se divertir com jogos eletrônicos auxilia na luta contra esses males tanto em crianças quanto em adultos.

André Nadler / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h13
O Brasil tem a maior taxa da América Latina, com 5,8% de habitantes apresentando algum distúrbio comportamental que são derivados dessas duas doenças.
O Brasil tem a maior taxa da América Latina, com 5,8% de habitantes apresentando algum distúrbio comportamental que são derivados dessas duas doenças. (Foto: Divulgação)

De acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com ansiedade e depressão aumentou 18,4% em todo o mundo, o que corresponde a aproximadamente 322 milhões de indivíduos. O Brasil tem a maior taxa da América Latina, com 5,8% de habitantes apresentando algum distúrbio comportamental que são derivados dessas duas doenças. O transtorno de ansiedade tem como principais características a dificuldade de concentração, distúrbios no sono e preocupação excessiva. Segundos os especialistas, esses sintomas podem levar ao quadro depressivo, caracterizado pelo transtorno acrescido de alterações no humor, como apatia, solidão, tristeza, além do isolamento social e dores sem justificativa física.

Para combater a ansiedade e depressão existem vários tipos de tratamentos. Existem medicamentos que ajudam a diminuir a ocorrência deles, trabalhando quimicamente nos neurônios e regulando as válvulas de escape de cada um para o mínimo e conforme um estudo realizado pela Universidade da Carolina do Leste, o hábito de jogar videogame também pode ser um grande aliado na luta contra esses dois grandes males. Os resultados apontaram que o grupo que consumiu os jogos virtuais teve os sintomas reduzidos em até 57%. Segundo o professor que controlou o estudo, com resultados assim é possível que ‘jogar um jogo casual’ seja oferecido como tratamento complementar ou até mesmo substituto a medicamentos no futuro.

Já existem games criados especificamente para trabalhar no tratamento desse tipo de doença. O jogo Project: EVO, produzido para rodar em tablets e smartphones, é um exemplo de projeto que está sendo usado por testes clínicos para ter seu uso em pacientes que sofrem com distúrbios cognitivos, como danos cerebrais, a doença de Alzheimer, o TDAH(Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e problemas com depressão e sintomas de ansiedade. Os benefícios cognitivos foram significativos e até comparados com o da terapia comportamental. O quadro de melhoria do paciente que joga de forma moderada videogame é bem avaliado principalmente na área do humor.

Caroline Bezerra, psicóloga da Motivação Consultoria Psicológica, explica que os jogos eletrônicos auxiliam bastante na interação social que esse tipo de diversão oferece. "A gente está sempre jogando com alguém e isso ajuda muito a estimular na comunicação e bom humor do paciente. Desenvolver a capacidade de concentração e resolver problemas também é muito trabalhada por meio dos jogos", explicou.

Você acredita que os games podem realmente auxiliar no tratamento de doenças como ansiedade e depressão? Ouça abaixo o nosso podcast sobre o assunto e deixe a sua opinião:

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