SÃO LUÍS – Dona Luzia, carrega Emanuel da cadeira de rodas de seu pai, para o chão, onde começa, com esforço, à ajudá-lo a fazer o que mais gosta, dançar balé. A distância de sua casa até ao convento, no bairro do Maiobão, não diminui a vontade de Emanuel de praticar a dança que se apaixonou quando viu pela primeira vez, e muito menos a mãe, que o leva por ruas esburacadas de seu bairro até à sua escola. Lá, em uma sala pequena e pouco arejada dá orgulho a sua mãe.

A batalha travada diariamente por dona Luzia, com seu marido, paraplégico após um acidente, pode ser resumida em cuidar de seus dois filhos, Thiago e Emanuel, os dois com paralisia cerebral. Thiago, é tetraplégico, e não pode sair da cama para ver seu irmão ensaiar e se apresentar, e Emanuel, mesmo com todas as dificuldades físicas, mantém o seu sonho de dançar balé.

O casal, que se sustenta com o benefício do INSS, mora na última casa de uma rua intrafegável no Maiobão, ela é projetada especialmente para as necessidades da família. O vídeo documenta parte da dificuldade e sonhos de Emanuel e sua mãe.

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