SÃO LUÍS - Teve início no dia último dia 19 de setembro em São Luís o Circuito Universitário de Cinema 2015, cujo tema nesta edição é Direitos Humanos. Nos meses de agosto e setembro, o Circuito passará por escolas e universidades de 14 Estados do Brasil para exibir filmes e promover debates entre acadêmicos, pesquisadores, diretores e produtores das obras, provocando a reflexão dos jovens estudantes sobre os assuntos abordados.
Os três filmes selecionados são: À Queima Roupa, um retrato da violência e da corrupção policial no Rio de Janeiro nos últimos 20 anos; A Viagem de Yoani, sobre a blogueira cubana Yoani Sanches; e Sem Pena, acerca do sistema prisional brasileiro.
Até o fim de outubro, o Circuito vai passar pelo Acre, Amazonas, Roraima e Tocantins, na região Norte, Alagoas, Maranhão, Paraíba e Rio Grande do Norte, na região Nordeste, Goiás e Mato Grosso do Sul, na região Centro-oeste, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, na região Sudeste, e Rio Grande do Sul, na região sul do país.
Na edição de 2014, o Circuito passou por 43 municípios e 94 instituições de ensino, promovendo 190 sessões e reunindo mais de 14 mil espectadores. Em São Luís, as sessões ocorrerão nos seguintes espaços:
17/10 - CEST - Filme À Queima Roupa - 9h.
Veja a programação dos filmes:
À Queima Roupa;
O filme mostra um retrato da violência e da corrupção da polícia do Rio de Janeiro, nos últimos 20 anos. O ponto de partida é a Chacina de Vigário Geral de 1993, culminando com execuções cometidas em nome da lei, em 2012 e 2013. Os fatos são apresentados através de entrevistas, imagens de arquivo e cenas ficcionais que reconstroem a memória dos sobreviventes das chacinas. A duração do documentário, com direção de Theresa Jessouroun.
A Viagem de Yoani;
Em 2013, após dezenas de tentativas frustradas, a blogueira cubana Yoani Sánchez conseguiu uma autorização do governo para sair de seu país natal e conhecer o mundo. Sua primeira viagem teve como destino o Brasil, onde foi recebida com uma mistura de aplausos e vaias por seus fortes ataques ao governo cubano. Seria ela uma defensora da liberdade de expressão? Ou uma agente financiada pelos Estados Unidos? A duração do documentário é de 75 minutos, com direção de Raphael Bottino e Peppe Siffredi.
Sem Pena;
Nenhuma população carcerária cresce na velocidade da brasileira, que já é a terceira maior do mundo. Sem Pena desce ao inferno da vida nas prisões brasileiras, para expor as entranhas do sistema de justiça do país, demonstrando como morosidade, preconceito e a cultura do medo só fazem ampliar a violência e o abismo social existente. A duração do documentário é de 90 minutos, com direção de Eugenio Puppo.
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