SÃO LUÍS - O Carnaval de São Luís tem blocos tradicionais, organizados, afros, tribos de índio e, ainda, Escolas de Samba com alegorias que encantam o público da Passarela do Samba. Na programação deste ano, as brincadeiras do Carnaval da ilha tiveram espaço garantido no Anel Viário com apresentações de agremiações, blocos e grupos da cultura popular.
A última noite de atrações na Passarela começou às 18h com o cortejo de alegorias de rua e, logo em seguida, às19h, a festa prosseguiu com a apresentação dos Blocos Afros Netos de Nanã, GDAM, Abiyêyê Maylô, Akomabu, Ominirá, Oficina Affro, Juremê, Abibimã e Didara, que mostraram toda a beleza da cultura afro durante o desfile. Com homenagens à Nelson Mandela, aos antepassados, às divindades da umbanda e valorização dos afrodescendentes, os integrantes dos blocos cantaram e dançaram fazendo a festa na avenida.
Logo após o desfile dos blocos afros, a Passarela foi tomada pelos pandeirões e matracas do bumba meu boi de Maracanã, Pindoba e Maioba, na festa batizada como Trupiada da Ilha. Os batalhões do sotaque de matraca marcaram o encerramento do Carnaval “Batuca Brasil na Passarela da Folia” e deram início ao São João mais rico do país, o de São Luís. Os ícones da cultura popular Humberto Maracanã, Chagas da Maioba e Lelé da Pindoba cantaram toadas e fizeram os foliões transformarem a Passarela em um verdadeiro terreiro de bumba meu boi.
A temporada das brincadeiras de bumba meu boi em São Luís foi iniciada simbolicamente com a entrega da “chave da cidade”. Ao som de toadas de bumba meu boi, o rei momo, a rainha e as duas princesas que formam a Corte Momesca fizeram a entrega da chave para Pai Francisco e Mãe Catirina, os dois personagens mais importantes das brincadeiras juninas. A Mãe Catirina, Nilma Maria de Oliveira, 40, recebeu a chave com muita alegria. Ela se diz muito contente, pois “é maravilhoso e muito emocionante poder converter o Carnaval em São João”, afirmou a brincante do Boi da Moiaba, eufórica enquanto dançava uma toada.
O presidente da Fundação Municipal de Cultura (Func), Francisco Gonçalves, afirma que “a intenção da Trupiada da Ilha é dar densidade às práticas culturais da cidade, porque tem que existir diálogo entre as manifestações culturais e, assim, uma influencia a outra, possibilitando novas formas de expressões artísticas”. A novidade da Trupiada no Carnaval simboliza um novo ciclo de festas na cidade. Francisco Gonçalves disse que o encontro dos grupos de bumba meu boi na Passarela é algo que veio para contribuir para a cultura ludovicense, juntando Carnaval e São João. “Se o São João, com sua musicalidade, tem tanta importância na nossa cultura e é tão presente na nossa identidade, então, por que não trazer as toadas para o Carnaval?”, interrogou.
O colorido do Carnaval e do São João invadiu a Passarela e, pela avalição dos foliões, a festa está aprovada. Ana Mendonça, 46, é brincante do Boi da Pindoba há 20 anos e há cinco realiza, junto com amigos, o “carnaboi”, uma festa original que já coloca em prática a junção de manifestações culturais idealizada. Ela diz que é “é uma inovação excelente que deve acontecer todos os anos porque a cultura de estende no período do Carnaval e do São João”.
E foi com a festa colorida dos grupos de bumba meu boi na avenida que teve inicio, oficialmente, a temporada de guarnicê e festejar a cultura maranhense.
Saiba Mais
- Prefeitura deve mais de R$ 700 mil para empresa
- Campeãs do Carnaval de SL serão premiadas nesta sexta
- Desfile das campeãs: escolas do grupo especial voltam ao sambódromo
- Carnaval: violência nas estradas cai pelo terceiro ano consecutivo
- Polícia Militar divulga balanço de atuação no período do Carnaval
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.