Deixando de lado a controvérsia acerca da idoneidade do relato literário de autoria do capitão da marinha mercante Richard Phillips, a adaptação roteirizada por Billy Ray (Intrigas de Estado) e dirigida por Paul Greengrass (A supremacia Bourne e O ultimato Bourne) exige do espectador coração de ferro e gigantesco fôlego para suportar 134 minutos angustiantes quando o Maersk Alabama, navio comandado pelo personagem-título, é interceptado por piratas somalis na costa da África e seu capitão feito refém. Entretanto, não se deixe enganar por esta sinopse simplória, pois Capitão Phillips, que curiosamente poderia ser descrito como a versão em alto mar de Voo United 93, também dirigido por Greengrass, traz uma carga de estresse altíssima e proporcional às excelentes performances de Tom Hanks e do estreante Barkhad Abdi, afora a assinatura narrativa inconfundível do seu diretor mais do que adequada à história contada.
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