Cinema

Crítico comenta sexto dia de Mostra Internacional

Entre os filmes citados, "A Bala Desaparecida".

Em Cartaz

Atualizada em 27/03/2022 às 12h01

A bala desaparecida (Xiao shi de zi dan, China/Hong Kong), de Chi-Leung Law - A versão chinesa de Sherlock Holmes é, na metade do tempo, divertida e bobinha, porém, na outra restante, presunçosa, absurda e convoluta. É aquela história da produção que não sabe quando parar com as reviravoltas, ao passo que começa a enxergar-se mais séria do que deveria ser para funcionar como mero passatempo. Pois bem, a narrativa de Chi-Leung Law apresenta o policial Donglu (Ching Wan Lau), cuja habilidade dedutiva só rivaliza com seus métodos inortodoxos, pra não dizer suicidas, com que decifra mistérios, como a diferenciação sentida na pele entre estrangulamento e enforcamento.

Enfim, enviado para trabalhar com Guo Zhui (Nicholas Tse), saído de um faroeste americano desde a precisão e agilidade no gatilho ao zelo protetor que tem pelas mulheres, Donglu deve decifrar um assassinato na fábrica de munição do Chefe Ding (Kai Chi Liu, em modo Al Capone) e que pode ter ou não correlação com acontecimentos que culminaram na morte de uma operária. Se é divertido observar o raciocínio do protagonista em ação, retratado em flashbacks, beira o ofensivo observar como as reviravoltas não fazem qualquer sentido quando pensadas em retrospecto. À medida que Donglu e Zhui aproximam-se da identidade do verdadeiro assassino, o prazer diminui, a seriedade aumenta e o poço seca de vez. Uma pena, pois Donglu e Zhui mereceriam um filme melhor.

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