Contabilizando mais de 40 anos de carreira e muitos grandes sucessos na música brasileira, o cantor e compositor cearense Raimundo Fagner volta a São Luís para um grande show no sábado (8), às 23h, na Lagoa da Jansen. A apresentação intitulada Simplesmente Fagner é realizada pela Pororoca Auera Auara Produções e promete ser um grande tributo à música brasileira, em especial, às canções produzidas no Nordeste.
Depois do show do cearense, o público ainda poderá ouvir a bela voz da cantora maranhense Flávia Bittencourt, acompanhada pela banda Baré de Casco. Os dois farão um tributo especial ao cancioneiro de Luiz Gonzaga.
Fagner subirá ao palco, pontualmente, às 23h e no repertório relembrará grandes clássicos presentes em suas composições, releituras de poemas e versões que já embalaram histórias de muitas gerações, não só no Nordeste, mas como em todo o Brasil.
Entre as canções, destaque para “Romance no Deserto” (que esteve na trilha sonora da novela Tieta), “Borbulhas de Amor”, “Fanatismo” (uma adaptação de um poema de Florbela Espanca), “Canteiros” (baseada no poema “A Marcha”, de Cecília Meireles, e a música que fez o artista ser reconhecido nacionalmente em 1973), “Cartaz”, entre tantas outras.
Além de músicas que integram a parceria do cearense com o compositor maranhense Zeca Baleiro que, em 2003, lançaram um álbum com releituras de canções e composições inéditas. Uma delas é “Dezembros”, que é trilha da novela Da Cor do Pecado, que está sendo reexibida pela Rede Globo no Vale à Pena Ver de Novo.
Biografia
Com influências musicais de artistas como Luiz Gonzaga, Orlando Silva e Nelson Gonçalves, Raimundo Fagner Candido Lopes, nasceu em 1949, na cidade Orós. Sua relação com a música surgiu na infância, participando de programas musicais. Em 1955, por exemplo, ganhou o prêmio de melhor intérprete na Ceará Rádio Clube, cantando Mãezinha querida.
Em 1969, já mais dedicado à música participou de uma turnê na Argentina com o grupo de música e arte do Ceará Capela Cristina e, desde então, não parou mais, apesar de ter cursado o curso de Arquitetura na Universidade de Brasília na década de 1970.
Em 1971, ainda estudante participou do Festival de Música Jovem, promovido pelo Centro Estudantil da UnB, onde ganhou o 1º lugar com a canção “Mucuripe”, uma parceria com Belchior. Essa canção foi gravada no ano seguinte por Elis Regina, o que projetou o artista como compositor, pois ainda em 1972, o grupo Quarteto em Cy gravou “Cavalo de Ferro”, outra de suas composições. Wilson Simonal gravou “Noves Fora” e Ivan Lins cantou “Quarto Escuro”, uma parceria com Fagner que integrou o LP “Quem Sou Eu”.
Em 1973, Fagner lançou o primeiro LP “Manera Fru Fru Manera”, que trouxe a memorável canção “Canteiros”, sucesso imediato no país. O LP tem produção de Roberto Menescal, arranjos de Ivan Lins e participações de Nara Leão, Naná Vasconcelos e Bruce Henry.
Em 1975, “Mucuripe” foi gravada por Roberto Carlos. Pela boa repercussão do disco, Fagner se tornou um nome respeitado no mercado musical. Seus álbuns lhe renderam sucessivamente discos de ouro (vendas acima de 100 mil cópias) e/ou platina (acima de 500 mil cópias). O LP “Romance no Deserto”, de 1987, alcançou mais de 1 milhão de cópias vendidas.
Além de compor belas canções, o artista também é lembrado pela forte relação com a literatura e o cinema, sempre presente em suas obras. Em 1981, ele gravou na Espanha o LP “Traduzir-se”, que foi dedicado ao cineasta Glauber Rocha e trouxe poemas musicados do maranhense Ferreira Gullar, de Florbela Espanca, de García Lorca e de Rafael Alberti. O disco teve as participações de famosos intérpretes da música latina como, Mercedes Sosa, Manzanita, Joan Manoel Serrat e Camarón de La Isla.
Serviço:
Show
Simplesmente Fagner e homenagem a Luiz Gonzaga com Fláva Bittencourt e Baré de Casco
Quando
Sábado, às 22h
Onde
Lagoa da Jansen
Ingressos
R$60 (pista)
R$120 (camarote/front stage)
Saiba Mais
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