Entrevista

"Hoje seria a rainha das periguetes", diz Regina Duarte

A atriz participou de uma entrevista especial do "Programa do Jô".

Atualizada em 27/03/2022 às 12h18

A atriz Regina Duarte disse nesta terça-feira (28), nos bastidores do "Programa do Jô", que se tivesse 20 anos atualmente não iria querer ser a "namoradinha do Brasil".

“Hoje os tempos mudaram. Isso era uma coisa muito romântica, de uma época em que as pessoas eram muito ingênuas. Hoje, eu provavelmente seria a rainha das periguetes”, afirmou aos risos.

Regina falou também sobre arrependimentos em sua carreira. Ela disse que não fez a protagonista do filme "Dona Flor e seus Dois Maridos" porque era muito recatada. “Assim como a Betty Faria se arrepende de não ter feito a Porcina [personagem da novela 'Roque Santeiro'], eu me arrependo de ter recusado a Dona Flor no filme, e recusei por causa da nudez. Eu era uma caipirona do interior”.

A atriz participou de uma entrevista especial do "Programa do Jô", em celebração aos seus 50 anos de carreira. A conversa com o apresentador, que ocupou 5 blocos da atração, será exibida na sexta-feira (31).

O programa

Estreando como diretora da peça “Raimunda, Raimunda”, que chega a São Paulo no próximo dia 18 de outubro, a atriz conversou com Jô Soares sobre a exposição de sua trajetória, organizada por um fã. “Espelho da arte: A atriz e seu tempo”, que está em cartaz no Rio de Janeiro e chega a São Paulo no dia 20 de novembro.

“Eu tinha um pouco de pudor de fazer uma exposição da minha vida, mas isso mudou quando vi a da Elis Regina. Era a minha vida que estava ali, então me dei conta de que a exposição é para as pessoas que acompanharam a minha carreira sentirem a mesma emoção que eu senti vendo a trajetória da Elis”, disse atriz.

A exposição é composta de uma linha do tempo em que o visitante acompanha os principais fatos nacionais e mundiais em paralelo com os momentos de destaque da carreira da atriz. Durante o programa, Regina também falou sobre a peça. Segundo ela, o elenco espera o público no saguão, enquanto faz aquecimento de voz.

“Fiquei gestando esse texto durante três anos, quando fui atuar já estava pronta para dirigir”. Durante os ensaios, ela viajou à Nova York para comprar material para produção do espetáculo. Quem ensaiou em seu lugar foi uma assistente de direção, enquanto ela decorava o texto no exterior. Quando voltou, assistiu à peça de fora e então passou a interpretar mais de 20 papéis em cena.

Regina Duarte também lembrou um momento marcante da época em que protagonizava "Malu Mulher", quando um taxista inglês a reconheceu como Malu em Londres. “No Brasil, os homens viravam a cara e diziam 'Não deixo minha mulher assistir àquilo não, é subversivo'. Eu virava e dizia 'É arte, encara como arte", contou a atriz.

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