Comportamento

Paranoia: mal atinge cada vez mais mulheres trabalhadoras

Para muitas pessoas, esses medos podem ser apenas pensamentos passageiros.

GNT

Atualizada em 27/03/2022 às 12h27

Você passa noites em claro pensando em seu parceiro com uma amante? Acho que as pessoas falam mal de você pelas suas costas e, às vezes, tem a sensação de que está sendo perseguida? Preste atenção, esses pensamentos podem não ser passageiros e você pode estar sofrendo de paranoia, um mal que atinge cada vez mais mulheres trabalhadoras.

Um estudo envolvendo 1.200 pessoas mostrou que os níveis de paranoia são muito mais elevados do que se suspeitava anteriormente - ocorre quase na mesma intensidade que a depressão. Para muitas pessoas, esses medos podem ser apenas pensamentos passageiros, mas os números levantados sugerem que mais de 40% das pessoas acham que os comentários negativos são feitos pelas suas costas, 20% se preocupam em estarem sendo observados ou seguidos, e 5% suspeitam de uma conspiração a fim de prejudicá-los.

A insônia é um fator significativo

Se antigamente a paranoia estava relacionada a transtornos sofridos por usuários de drogas ou esquizofrênicos, atualmente, é vista como um problema crescente que atinge, principalmente, as mulheres da classe média. "Mulheres profissionais e bem educadas são cada vez mais vítimas", explica o professor Freeman ao jornal inglês "Daily Mail". "Muitas vezes o transtorno começa com a ansiedade, que atrapalha o rendimento no trabalho, ou é gerado por notícias ruins que são lidas diariamente, sobre elevados níveis de desemprego ou divórcio. E aí você começa a pensar que será a próxima vítima de uma situação ou de outra", explica o professor Freeman, líder da pesquisa.

A insônia é um fator significativa na paranoia. Como as mulheres são mais propensas do que os homens a sofrer de insônia, em função das alterações hormonais no período menstrual ou mesmo por passar noites em claro com os filhos, estão mais vulneráveis à paranoia. Um outro fator é o álcool, que aumenta o risco do transtorno, "Mais mulheres estão bebendo agora, e o álcool pode precipitar doenças paranóicas", avisa o psiquiatra Adrian Winbow do Hospital Fitzroy Square, em Londres.

"Muitas vezes, a paranoia é de que o parceiro está tendo um caso, ou pode estar relacionada à sensação de baixa autoestima no trabalho - aí você se convence de que todo mundo está rindo pelas suas costas", explica o professor Freeman. "Mas os temores não são fatos - e quando você não consegue entender esta diferença, é porque a paranoia se tornou um problema."

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