Chico Buarque

'Meu vinho vou tomar, cigarro vou fumar'

Ego

Atualizada em 27/03/2022 às 12h31

Chico Buarque é o destaque da edição de aniversário da revista "Rolling Stone Brasil" de outubro. Na entrevista, o compositor fala sobre a patrulha do politicamente correto e da perseguição dos paparazzi.

"Acho chata essa fiscalização moralista da vida dos outros. Vou deixar de ir à praia, mas outras coisas eu não vou deixar. O meu vinho vou tomar, meu cigarro vou fumar", contou o músico à revista.

Chico também brincou com o estereótipo do artista vagabundo e explicou porque declina convites para badalação para se dedicar às suas coisas. "Como o artista em geral não tem horário, não dá expediente, costumam pensar que é vagabundo. Mas, assim como a criança se concentra num brinquedo, tem dias em que preciso me concentrar no trabalho, nem que seja compor um palíndromo ou inventar times de futebol."

Em sua última música de trabalho, "Querido Diário", um verso diz "amar uma mulher sem orifício". A imagem gerou polêmica e, no papo, Chico fala sobre as críticas que recebeu.

"Evidentemente que há algo de nonsense no sujeito que resolve, num belo dia, ter uma religião e, andando na rua, imagina que vai sacrificar uma ovelha. Já entrou nesse campo [risos]. Aí ele resolve ter uma adoração por uma estátua, ou seja, amar uma mulher sem orifício. Eu li em algum lugar que “amar uma mulher sem orifício” seria amar uma mulher casta, uma mulher difícil. Aí, se não é burrice, já é vontade de encher um pouquinho o saco do compositor."

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