Em São Paulo

Jonas Brothers mostra bom show de pop rock

G1

Atualizada em 27/03/2022 às 12h46

Era às 19h ou às 20h30? Uma falha de comunicação provocada pelo cancelamento da apresentação de abertura de Demi Lovato quase fez o show dos Jonas Brothers em São Paulo, na noite deste sábado (6), acabar em uma enorme confusão.

A cantora, programada para se apresentar às 19h, não veio ao país para se internar em uma clínica de reabilitação alegando problemas de saúde. Com a mudança, fãs não souberam se o show do trio, previsto desde o início para às 20h30, seria mantido no horário ou passado para às 19h.

Correria e gritaria

O que se viu a partir daí não foi a opção por um horário nem outro: pontualmente às 19h30, após uma rápida e improvisada apresentação de atores do filme “Camp rock 2”, os irmãos Jonas subiram ao palco do Canindé avisando ao público que aquela era “a” noite, o que logo provocou um misto de correria e gritaria na plateia – com muitas cadeiras vazias nas áreas em frente ao palco, assim como na arquibancada.

Com o caçula Nick sempre à direita no palco, Joe no centro e Kevin à esquerda, os Jonas Brothers dispararam cinco músicas em apenas 15 minutos: “Feeling alive”, “Hold on”, “Year 3000”, “Play my music” e “Heart & soul”, essa última em clima de musical, com vários dançarinos de break dance vestindo camisetas de bandas clássicas do rock, como Kiss e The Who.

Momentos assim fazem os críticos torcerem o nariz em relação ao grupo. Mas ver um show dos Jonas Brothers, com a exceção desses “momentos Disney”, é ver um bom show de pop rock. Tem até todos aqueles elementos clássicos, que vão desde o vocalista começar a apresentação de blazer e terminá-la de regata, até os momentos solos de algum integrante em frente a um piano de cauda.

E também não se pode negar que os meninos realmente cantam e tocam, apesar de serem claramente apoiados por uma banda de apoio – chega a ser curioso Kevin e Nick tocarem guitarra e precisarem de outros dois guitarristas atrás. É algo que só faz sentido na hora de deixar com mais peso faixas como “SOS”, “La Baby” e a incendiária “Burnin’ up”, sempre escolhida para finalizar os shows.

Também é impressionante o domínio que eles têm com o público – de menos de 20 mil pessoas no caso, menos da metade do show do ano passado, no Morumbi. Cada canção, mesmo aquelas presentes no filme “Camp rock 2”, ainda inédito no Brasil, são cantadas em uníssonos por garotas de várias idades – muitas pequeninas, precisando subir nas cadeiras de plástico para enxergar algo do palco em forma de “m”.

O coro é tão forte que a impressão é de se estar em uma enorme escolinha de inglês. Claramente emocionado com isso, Nick fez o depoimento mais sincero ao público durante as duas músicas que toca sozinho, “Who I am” e “Fly with me”.

O guitarrista e pianista da banda, que apesar de ter Joe como líder cada vez mais mostra que tem no caçula o seu integrante mais talentoso, declarou que há cinco anos, ao ser diagnosticado com diabetes tipo 1, fez uma promessa a si mesmo que não desistiria da vida. “E agora estou aqui, cantando uma música em outra língua cantada por vocês. Obrigado do fundo do meu coração”, declarou, deixando filhas, mães e pais emocionados.

Neste domingo (7), a banda teen toca no Rio de Janeiro, e, dia 10, em Porto Alegre.

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