EUA aprovam método não cirúrgico de esterilização da mulher

GloboNews.com

Atualizada em 27/03/2022 às 15h27

A FDA, agência que controla a venda de alimentos, remédios e procedimentos médicos nos Estados Unidos, aprovou o uso de um método não cirúrgico de esterilização feminina. O dispositivo Essure foi criado pela empresa Conceptus, da Califórnia. Semelhante a uma mola metálica, ele bloqueia as trompas (é implantado um em cada uma), impedindo os espermatozóides de alcançar o óvulo.

O Essure é inserido pela vagina até o útero e as trompas, com ajuda de um cateter. Não há necessidade de corte ou anestesia e o procedimento leva apenas 15 a 30 minutos, segundo o site da Conceptus.

A FDA diz ter aprovado o produto "por causa de seu benefício potencial para casais que procuram meios alternativos de esterilização".

Cicatriz - O implante estimula a formação de um tecido de cicatrização em volta dele, e é isso o que bloqueia as trompas. O processo é irreversível, mas a mulher só pode confiar unicamente no dispositivo depois de confirmado o bloqueio, o que demora três meses.

"Durante os três primeiros meses de uso, as mulheres não podem confiar nos implantes Essure e devem usar um método alternativo de contracepção", comunicou a FDA. "Aos três meses, as mulheres têm que se submeter a um raio-X para confirmar a colocação adequada do dispositivo. Uma vez que a localização é confirmada, o método alternativo de contracepção pode ser suspenso."

Segundo a FDA, a aprovação baseou-se em dois estudos com pessoas, que confirmaram a segurança e a eficácia do processo. No primeiro estudo, 227 mulheres receberam implantes. Em 200, o bloqueio das trompas confirmou-se. Dessas, 181 usaram o Essure como único método contraceptivo por dois anos. Nenhuma ficou grávida.

No segundo estudo, 518 mulheres receberam o implante e, depois dos três meses de prazo para a formação da cicatriz, 449 passaram a usar dispensar outros métodos anticoncepcionais. Um ano depois, nenhuma delas havia engravidado. Um subgrupo de 16 usou o dispositivo por dois anos. Também não ocorreu gravidez.

Nesse segundo estudo, os médicos falharam em implantar o Essure no local mais adequado em 14% das pacientes na primeira tentativa. Por causa disso, a Conceptus terá que fazer uma pesquisa sobre o índice de erro na colocação do dispositivo por médicos recém-treinados para isso. A empresa também terá que acompanhar as mulheres que receberam o implante por cinco anos, para confirmar o efeito de longo prazo.

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