SÃO PAULO - Pais jovens, que consumiram ou ainda consomem maconha desde as décadas de 1960 e 1970, permitem que seus filhos façam uso da droga. É o que mostra pesquisa feita com 1.772 estudantes de 16 a 30 anos pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) em 11 capitais brasileiras. O levantamento apontou que 3% dos usuários de maconha têm a aprovação ou a omissão dos pais, segundo seus filhos. Especialistas criticam a postura desses pais e alertam que hoje a droga é dez vezes mais perigosa do que era há dez anos.
- A hipótese mais provável é que esses pais foram usuários da droga e não tiveram os problemas causados por ela - diz Luiz Gonzaga Betelli, presidente do CIEE.
No Rio e em Porto Alegre, as famílias com esse perfil já são 14% e 9%, respectivamente, segundo a pesquisa. A cidade de São Paulo é a que melhor reflete o percentual brasileiro, com 3% dos pais que autorizam seus filhos a consumir a droga.
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