Filmes sobre conflitos urbanos eleitos os melhores na Première Brasil

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 15h28

Rio - Três filmes que tratam dos atuais conflitos urbanos envolvendo cidade versus favela, marginalidade e violência foram escolhidos pelo público do Festival do Rio BR 2002 como os melhores da Première Brasil nas categorias de longa de ficção, documentário e curta-metragem: "Seja o que Deus quiser", de Murilo Salles, "Ônibus 174", de José Padilha, e "Dadá", de Eduardo Vaisman.

Além dos cheques nos valores de R$ 200 mil, R$ 100 mil e R$ 10 mil, para cada categoria, respectivamente, todos os vencedores da Première Brasil receberão serviços de produção off-line para até 100 latas de filme, da empresa Casa Blanca Service Provider, e uma cópia da versão finalizada, feita pela Labocine, a ser depositada para a memória do cinema brasileiro.

O Prêmio BR para o melhor longa de ficção brasileiro foi entregue pelo presidente da BR Distribuidora, Julio Bueno, a duas das jovens atrizes do elenco de "Seja o que Deus quiser", representando o diretor Murillo Salles, e uma das assistentes de produção, para quem a premiação tem ainda mais valor pelo fato de o filme ter sido produzido com apoio da lei do baixo orçamento. Julio Bueno agradeceu os organizadores pela oportunidade de patrocinar um festival de cinema como este e considerou importante frisar que "o cinema é suprapartidário".

O troféu de melhor documentário foi entregue pelo presidente da Academia Brasileira de Cinema, Luis Antonio Viana, ao diretor do "Ônibus 174", José Padilha, que subiu ao palco com parte da sua equipe. Felipe Lacerda, editor do filme, fez um agradecimento especial ao público:

"Na verdade eu queria mesmo é que o nosso filme tivesse a alegria da Banda de Ipanema, a poesia do Drummond e a vitalidade de um edifício em Copacabana. No fundo, eu queria que ele fosse um filme de época, de um tempo que não volta mais, de uma guerra que já acabou. Era sobre essas coisas que falavam os filmes que concorreram com o nosso. Mas, infelizmente, o tema do 'Ônibus 174' é mais atual. Eu espero que pelo menos o filme sirva pra gente olhar mais de perto para os brasileiros do nosso lado."

Eduardo Vaisman, diretor do curta "Dadá", dedicou o prêmio aos integrantes do grupo Nós do Morro, que "vem nos mostrando que o Rio de Janeiro pode ser uma cidade muito melhor".

"Bloqueio", do mineiro Cláudio de Oliveira, ficou com o prêmio de melhor curta concedido pela Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas (ABD). Segundo o presidente da entidade, Marcelo Lafit, a boa qualidade de muitos dos 110 inscritos levou os organizadores do Festival do Rio BR 2002 a aumentar o número de curtas em competição este ano, de 10 para 15. Os filmes foram selecionados por um júri composto exclusivamente por realizadores da categoria.

O filme de animação "Socorro, eu sou um peixe", dos dinamarqueses Michael Hegner e Stefan Fjeldmark, foi considerado o melhor da mostra Geração Futura.

As informações são do site oficial do Festival.

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