Sandy e Junior serão os primeiros artistas brasileiros a ter o Maracanã só para eles

O Globo

Atualizada em 27/03/2022 às 15h28

Foto do show em São Paulo, no Credicard Hall

Já que os torcedores cariocas têm poucos motivos para encher o Maracanã ultimamente, caberá a uma multidão de crianças e adolescentes entoar, sábado, o canto das torcidas:

— A-ha, u-hu, o Maraca é nosso!

A turba em questão participará de um evento inédito: será a primeira vez em que o público carioca se deslocará até o Maracanã com o exclusivo intuito de pular, dançar e cantar ao som de um artista brasileiro: Sandy e Junior. O estádio foi aberto a shows a partir da histórica apresentação de Frank Sinatra em 1980, e desde então recebeu Kiss, Rolling Stones, Tina Turner, Sting, Madonna e os Backstreet Boys. Artistas brasileiros, contudo, só de em shows de abertura, como no Rock in Rio 2, de 1992.

Mas se o estádio já abrigou até 184 mil pessoas para assistir a Paul McCartney, no caso de Sandy e Junior apenas 55 mil ingressos serão vendidos.

— O gramado terá cadeiras numeradas, para que as crianças possam ir com seus pais, sem medo de tumulto — explica Junior, que adicionou um instrumento à sua lista. — Agora também estou tocando saxofone nos shows, além da guitarra, do violão e da percussão acústica e eletrônica.

Ele não chega a ser um Hermeto, mas vale tudo para tentar sair da sombra da irmã.

Dupla já cantou para públicos muito maiores

Além do número limitado de ingressos no gramado, apenas metade da arquibancada deve ser usada, pois o resto será bloqueado pelo palco.

Sandy e Junior, claro, já cantaram para muito mais gente.

— No Rock in Rio 3, em janeiro do ano passado, o público era de 250 mil pessoas — lembra Sandy. — E fizemos um show na praia, em João Pessoa, na Paraíba, para 1,2 milhão de pessoas. Ele foi film

ado para um especial de TV.

O show é basicamente o mesmo que a dupla vem apresentando este ano, na turnê “Sandy e Junior 2002”, e que já passou pelo Rio no ATL Hall e várias outras cidades do país.

— Só entraram algumas músicas novas, do disco em inglês — adianta Junior.

Desde junho os dois estão em uma permanente ponte aérea entre o Brasil e países da Europa e da América Latina.

— Estamos fazendo a promoção do nosso disco internacional, mas ao mesmo tempo temos que tocar a turnê aqui no Brasil — diz Sandy. — O CD está sendo lançado aos poucos nesses países, mas ainda é cedo para se avaliar a resposta. Já ganhamos disco de ouro em Portugal, por 20 mil cópias vendidas, e estamos nos primeiros lugares em rádios de vários países.

Enquanto alguns detratores garantem que os dois estão pagando mico no exterior, Sandy, Junior e a Universal dizem que só após três anos se saberá a verdade.

Enquanto isso, a prioridade dos dois é a turnê nacional.

— No domingo cantamos num parque imenso em Bauru — lembra Sandy, que contou com a boa vontade do povo de Campinas, que os deixou furar a fila na seção eleitoral, para o show não atrasar.

Nenhum dos dois quis abrir o voto, apesar da estreita relação de seu pai, Xororó, com o candidato José Serra.

— Não participamos da campanha, só meu pai e meu tio Chitãozinho — diz Sandy.

O show de sábado também marcará a primeira ida dos dois ao Maracanã.

— Gosto de futebol e torço para o São Paulo, mas nunca tenho tempo de ir a jogos — lamenta Junior, que não acha que o gigantismo do estádio possa afastá-los do público, um problema em shows como o dos Backstreet Boys, em 2001. — Vai ter gente lá na frente, perto do palco. Vamos falar com o público da arquibancada e pedir ao iluminador que acenda a luz sobre eles.

Pelo sim, pelo não, não custa levar um binóculo.

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