Poucos textos se enquadram tão bem na Lei de Lavoisier (aquela segundo a qual nada se cria e tudo se transforma) quanto 'Lisbela e o prisioneiro', de Osman Lins. Pelas mãos de Guel Arraes, a história de amor pernambucana foi transformada primeiro em especial da Rede Globo e depois em montagem teatral, e agora vira filme.
- A idéia de fazer o longa para o cinema surgiu em 1993, quando gravamos o especial para a Globo - disse o diretor Guel hoje pela manhã, na entrevista coletiva que anunciou a entrada da Fox no projeto e exibiu, pela primeira vez, o filme-teaser que será veiculado nos cinemas a partir do final de outubro.
No filmete - espécie de trailer montado antes do início das filmagens, que só começam na próxima terça-feira, dia 9, em Recife - a mocinha Débora Falabella dá uma aula de cinema. Já caracterizada de Lisbela, ela explica ao público quem é o mocinho, o vilão e a mocinha, enquanto assiste a um filme dentro do filme. De concreto, já se vê que a Mel, personagem sombria da novela 'O clone' é mesmo passado para Débora, de cabelos pintados de castanho e carregando no sotaque.
- É bom que se diga que esse teaser saiu baratinho, dentro dos nossos custos. Já estávamos mesmo filmando os filminhos que a Lisbela assiste, quando a Fox veio com o pedido. Estamos com sorte - disse a produtora Paula Lavigne, que está fazendo o possível para não estourar o orçamento de R$ 4,5 milhões.
Guel começa as filmagens na sua cidade natal, Recife, ainda embalado pelo sucesso de 'O auto da compadecida'. O filme, também dirigido por Guel, foi o brasileiro mais visto no ano passado, e levou mais de 2,2 milhões de espectadores aos cinemas, mesmo depois da exibição na televisão.
A história é a mesma: a história da heroína Lisbela, uma noiva sonhadora, fã de filmes americanos, que se vê apaixonada por um artista de circo encrencado com a polícia (Leléu/Selton). O roteiro já traz a assinatura do próprio Guel e de Jorge Furtado e Pedro Cardoso, também responsáveis pela adaptação para televisão e teatro. Marco Nanini faz participação especial.
- Na TV, o resultado foi muito bom, e pretendo aproveitar muitas coisas que deram certo no especial. No teatro, foi onde eu comecei a ver a reação da platéia e a tirar experiências de onde funciona, o que funciona e o que não funciona com o público. É uma experiência meio inédita que tive de pesquisa de público para fazer um roteiro de cinema. - disse Guel ao jornal O GLOBO, no ano passado - Para o cinema, demos uma alongada na história. Há uma introdução em que mostramos, através de várias aventuras, como era Leléu antes de encontrar Lisbela.
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