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Pergentino Holanda
O colunista aborda em sua página diária os acontecimentos sociais do Maranhão e traz, também, notícias sobre outros estados e países, incluindo informações das áreas econômica e política.
Pergentino Holanda

Beleza de Ana Catarina Gago

Mais: A janela de Ricardo Moreira

PH

Atualizada em 02/05/2023 às 23h36
Um foco de luz na beleza sempre atual de Ana Catarina Gago
Um foco de luz na beleza sempre atual de Ana Catarina Gago

Virada de página

Como ocorre a cada véspera de novo mandato presidencial desde que o país reconquistou a democracia plena, o Tribunal Superior Eleitoral entrega nesta segunda-feira os diplomas de presidente e vice-presidente da República aos eleitos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB).

A cerimônia da diplomação, cercada por fortíssimo esquema de segurança, encerra formalmente um dos mais acirrados processos eleitorais da história do país, que deixou feridas malcuradas, ressentimentos ainda latentes e também movimentos organizados de inconformismo e resistência com o novo governo.

Mas o país precisa virar esta página.

Virada de página...2

A disputa recente dividiu de tal forma a população brasileira que a pacificação ainda parece distante. Não há como ignorar – e nem devem mesmo ser desconsideradas – as manifestações de grupos insatisfeitos com os rumos da política nacional e com o funcionamento das instituições republicanas.

O que cabe é enquadrá-las na legalidade do Estado democrático de direito, que permite o conflito de ideias e a livre expressão de vozes discordantes, desde que submissos à legislação e à vontade da maioria.

Virada de página...3

A diplomação dos eleitos deve marcar a virada desta página da nossa história. O Brasil democrático, que já comprovou ser maioria, espera que o tempo cure as feridas dos vencidos, da mesma forma como espera que os vencedores não caiam nas armadilhas do revanchismo.

O país precisa de paz social para se desenvolver. E a democracia oferece soluções suficientes para seus próprios conflitos: basta aos insatisfeitos se organizarem numa oposição coerente e voltarem à disputa daqui a quatro anos.

É válido que continuem protestando, é aceitável que questionem o novo governo, é até desejável que exerçam uma fiscalização rigorosa dos seus atos; mas também é impositivo que respeitem a lei, os direitos de quem pensa diferente e os símbolos de uma pátria que é de todos os brasileiros.

O Brasil precisa passar logo para as próximas páginas de sua história.

A esperança não morreu

Foi difícil de acreditar. Depois do bom desempenho contra a Sérvia, a seleção brasileira chegou como uma das principais favoritas nas quartas-de-final, mas esbarrou na eficiência do goleiro croata Dominik Livakovic, que, com desempenho excepcional, impediu o gol no segundo tempo, segurou o pênalti de Rodrygo e contou com a sorte ao ver Marquinhos mandar a bola para a trave.

O sonho do hexa ficou para depois, mas os maranhenses que se reuniram para assistir à partida mantiveram a esperança em 2026.

Com pinta de campeã

Num jogo de encher os olhos, o melhor da Copa, a França derrotou a Inglaterra, chegou à semifinal, e deixou a impressão de que colocou uma mão na taça.

Verdade que existem surpresas, mas o time francês mostra que tem jogadores, repertório, sabe lidar com a dificuldade e, isso tudo somado, é quase a certeza de que a coisa está encaminhada no Catar.

Aconteça o que acontecer daqui para a frente, ninguém vai tirar de Marrocos o título de surpresa positiva da Copa.

Uma campanha de luxo, com um único gol sofrido, atuações acima do esperado e uma presença inédita na semifinal da competição.

O novo técnico

Com a eliminação precoce da Copa, aumentou o volume sobre quem vai assumir o posto de técnico da Seleção Canarinho e vários nomes pipocam na praça.

A grande missão do novo chefe dos boleiros é fazer o óbvio, chamar os melhores e botar na cabeça de cada um que futebol se ganha com a bola e se perde sem ela.

O gato quase rouba a cena

Já deu de tudo nessa Copa do Catar. A mais recente é que a expulsão do gato que queria participar da coletiva de imprensa de Vinícios Jr em Doha na quarta-feira, 7, pode custar caro à Confederação Brasileira de Futebol.

Explico: o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, maior rede de proteção animal do Brasil, acionou a justiça pedindo que a entidade pague multa de R$ 1 milhão e se retrate por maus tratos.

Durante a entrevista do atacante, o animal catari se manteve na mesa, mas foi jogado para fora pelo assessor da CBF, Vinicius Rodrigues. A cena causou polêmica quanto à forma correta de remover o felino do local.

“Ajuizamos uma Ação Civil Pública em parceria com outras ONGS pedindo uma retração pública da CBF, administração de curso de direito dos animais para os funcionários da CBF além da condenação a título de dano moral coletivo no valor de 1 milhão de reais”, disse a ONG nas redes sociais.

DE RELANCE

Gratidão ao camisa dez

Da Copa que se encerra no Catar, no próximo domingo, uma cena vai ficar gravada para sempre na memória dos brasileiros de bom coração.

O reconhecimento e a gratidão a quem muito fez pelo Brasil, em qualquer atividade, ofício ou linguagem, revelaram o perfil generoso e o potencial para incentivarmos a união da cidadania, como na homenagem da Seleção a Pelé.

Sabendo-se as dificuldades enfrentadas pelo melhor jogador da história, ora hospitalizado sob cuidados especiais, a reverência ganha altitude na condição de valor moral.

 

Na faixa aberta após a goleada sobre a Coreia do Sul, os jogadores de Tite representaram todo um país
Na faixa aberta após a goleada sobre a Coreia do Sul, os jogadores de Tite representaram todo um país

Gratidão ao camisa dez...2

Na faixa aberta após a goleada de 4x1 sobre a Coreia do Sul, nossos jogadores representaram todo um país, notoriamente identificado pela arte dos dribles, cabeceios e gols, alcançando o Rei a marca dos 1.285.

Não apenas o deleite estético ofereceu Edson Arantes do Nascimento, desde a revelação no Santos ao fim de carreira, no Cosmos de Nova York, entre 1956 e 1980.

Quem conhece a história do escrete canarinho, entende ter ido além das linhas do quadrilátero verde a contribuição do craque, pois até sua aparição, era atribuída aos pretos a instabilidade emocional em campo.

Gratidão ao camisa dez...3

Embora já admirados pela qualidade ao lidar com a bola, os brasileiros carregavam a pecha de “nervosos” e “irascíveis”, incapazes, portanto, de ganhar um mundial.

A teoria racista era a de acusar a melanina da epiderme, como em 1950, na derrota para o Uruguai (2x1), no Maracanã, e em 1954, na eliminação para os húngaros, contra os quais saímos aos tapas.

Pelé, acompanhado de outros retintos, como Didi e Djalma Santos, interrompeu a cantilena, com a idade de 17 anos, jogador mais jovem a conquistar a então Taça Jules Rimet, seguindo-se múltiplas glórias, até o tri no México em 1970.

Gratidão ao camisa dez...4

Já não se podia atribuir aos descendentes de escravizados a inclinação para o fracasso, em simbolismo ampliado, pois seria a mestiçagem um impeditivo para o desenvolvimento, hipótese derrubada por Ele pela via da bola.

Não teria sido mera coincidência o progresso obtido a partir da vitória na Suécia, com o crescimento da indústria e outros setores dos quais passaram a orgulhar-se os cidadãos, justificando todo o carinho e apoio ao imortal camisa 10.

Volta às origens

Gisele Bündchen está em São Paulo. É a primeira vez que vem ao Brasil, depois de deixar de ser Sra. Tom Brady.

A übermodel participa dos festejos de 60 anos da joalheria Vivara, grife que conta com sua participação há 12 anos.

Gisele está acertando com a Netflix uma série sobre lifestyle, incluindo interpretações pessoais sobre moda e, tema de sua constante atenção, a preservação da natureza.

Ricardo Moreira faz sua estreia como romancista
Ricardo Moreira faz sua estreia como romancista

A janela de Ricardo Moreira

O economista José Ricardo Raposo Moreira lança seu primeiro romance, A Janela da Vida, no próximo dia 15, às 19h, na Livraria Leitura, do São Luís Shopping.

A trama conduz as reflexões de um personagem comum e sem nome que, aos 60 anos, começa a refletir sobre sua existência, especialmente as últimas três décadas da vida.

Alguém que escolheu viver só e não fez nenhum esforço para mudar esse fato. Era do tipo que se resolvia fazer uma oração no Dia de Finados, ficava em dúvida sobre pra quem era mesmo aquela prece.         

Da janela da sua casa observava as pessoas passando e essa era a maneira de manter contato com um mundo lá fora.

A obra A Janela da Vida retrata em seis capítulos um personagem que sem nome, sem recorte espacial e temporal, não deixa de estar perto de nós, mulheres e homens contemporâneos.

Suas narrativas fantasiadas ou seu medíocre mundinho parecem com nossos dias cheios de solidão, controles remotos, desenlaces e ocas famílias.

Para escrever na pedra:

“O que finalmente eu mais sei sobre a moral e as obrigações do homem devo ao futebol”. De Albert Camus.

TRIVIAL VARIADO

Das superestrelas, restaram duas, Messi e Mbappé. Cristiano Ronaldo teve um fim melancólico, condenado ao banco de reservas em Portugal. Seus fãs sofreram ao vê-lo como simples mortal.

Neymar marcou presença na hora H, mas o Brasil não o acompanhou. O polonês Lewandowski nasceu no país errado para o futebol. Sobraram Lionel Messi e Kylian Mbappé. E o francês está na frente.

Não pelos gols no Catar. Já são cinco, contra quatro de Messi. A questão não é essa. Messi está em sua quinta e última Copa, aos 35 anos. Mbappé recém disputa sua segunda – e já exibe faixa de campeão. Completa 24 anos dois dias após a final de domingo.

Mbappé terá os 35 anos de Messi na distante Copa de 2034. Seus concorrentes extraterrestres entraram na última curva, enquanto ele mal dobrou a primeira esquina. E já tem um timaço jogando só para ele.

Confesso que nunca fui simpatizante do Tite. Mas não concordo com a execução sumária do treinador pela opinião pública. O que ele aguentou não temos ideia. Só enxergamos seu transbordamento de indiferença, sua fuga, seu despreparo para a crítica, sua inaptidão para abraçar os seus soldados abatidos.

A verdade é que Tite não tinha mão para estender, estava completamente afogado em sua mágoa. Buscava uma fresta para respirar fora.

O governo de transição vai propor ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assume a Presidência da República em 1º de janeiro de 2023, que seja criado o bolsa internet, responsável por reduzir o preço da conexão banda larga para os cidadãos brasileiros de baixa renda.

Em tempo: os contemplados com o serviço deverão estar cadastrados no CadÚnico (cadastro único do governo federal).

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