SÃO LUÍS – Para um grupo de 13 amigos em São Luís, o que seria a chance de participar de um dos maiores festivais de música do mundo, o Rock in Rio, terminou em uma grande dor de cabeça. Tudo porque eles utilizaram os serviços de um site que, supostamente, vendia ingressos para o evento. O problema é que, até a véspera do primeiro dia de shows, nenhum deles recebeu os bilhetes e nem conseguiu entrar em contato com as empresas responsáveis pelo site (Ticket Mais) e pelo pagamento (Visacheck Soluções em Comércio Eletrônico).

José Braz faz parte do grupo enganado pelo site da Ticket Mais (www.rockinrioingresso.com.br). Segundo ele, os ingressos foram comprados há cerca de três meses e cada um custou R$ 450. “Era pra chegar dia 29 (de agosto), mas até o dia 1º não tinha chegado, o site estava fora do ar e os telefones para contato não existiam mais”, conta. Ele revelou, ainda, ter descoberto que o CNPJ presente no boleto bancário é, na verdade, de um salão de beleza em Belém (PA).

Já Rafaela Sodré, que também sofreu o golpe na mesma página, conta que emitiu os boletos de cinco ingressos para um casal de amigos e seu cunhado.Seriam duas entradas para o dia 19 e três para o dia 22. “O site era muito parecido com o oficial do Rock in Rio”, comenta Rafaela. Ela conta, também, que pretende reunir todos os comprovantes da compra e acionar as empresas Ticket Mais e Visacheck na Justiça.

O mesmo golpe foi aplicado em várias outras pessoas no restante do país. Sites como o Reclame Aqui acumulam relatos semelhantes, aos quais a organização do Rock in Rio respondeu que o único site autorizado para venda de ingressos para o festival é a Ingresso.com. A organização declarou, ainda, que não se responsabiliza por ingressos adquiridos fora dos canais oficiais de venda.

Crimes virtuais

Por conta das ameaças deste tipo de golpe, especialistas advertem que é necessário tomar alguns cuidados antes de efetuar uma compra na Internet. É aconselhável que o consumidor verifique a idoneidade do site por meio de referências de amigos, parentes, sites de avaliação e selos de certificação de qualidade. Reveja aqui entrevista concedida ao Imirante por um especialista em crimes virtuais.

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