Passione

Silvio de Abreu diz que haverá mais mortes

Rede Globo

Atualizada em 27/03/2022 às 12h47

A morte de Saulo (Werner Schünemann), a facadas em um motel, até agora foi a cena mais chocante de "Passione", mas não será a derradeira. A revelação foi feita pelo próprio autor da novela, Sílvio de Abreu, em um café da manhã realizado nesta quarta-feira em um restaurante da Zona Sul paulistana, com a presença de Werner e da diretora de núcleo Denise Saraceni. Apesar do viés policial, Silvio descarta possíveis comparações com "A próxima vítima", exibida pela Globo em 1995.

- Para "A próxima vítima", que durou nove meses, eu planejava uma morte por mês, mas ao final acabaram sendo 12. Nesta eu pensei em três, mas se me der na telha mato mais alguém - brincou.

Segundo Silvio, o próximo crime nada tem a ver com os contextos em que se deram os dois primeiros - a outra morte, antes de Saulo, foi a do patriarca Eugênio Gouveia (Mauro Mendonça), supostamente de infarto, mas que há pocuo descobriu-se ter sido por envenenamento. As duas tiveram como motivação, pelo que se viu até agora, a cobiça em torno da fortuna do clã Gouveia.

- Desta vez estará ligado com o contexto melodramático da história - diz Sílvio.

Que ninguém estranhe se, até que surja essa nova vítima, se monte todo o esquema que antecedeu o fim de Saulo, em que foram gravadas também cenas das mortes de Fred (Reynaldo Gianecchini), Diana (Carolina Dickmann), Melina (Mayana Moura) e Gerson (Marcello Antony). No "Fantástico" de domingo, foi exibida todas as versões, além da tragédia envolvendo Saulo de forma diferente da que foi ao ar no capítulo 127, na segunda-feira, quando enfim se dirimiu esse mistério.

- Fizemos aquelas apenas para o programa mesmo. Mas todas as cenas (das mortes alternativas) foram gravadas com qualidade para ir ao ar - frisou Denise.

- Tão gostoso quanto descobrir quem matou é tentar saber quem vai morrer - completa Sílvio.

Mesmo Werner Schünemann ficou sabendo do desfecho de seu personagem na segunda-feira da semana passada e gravou a cena na sexta anterior à exibição. Mas elogiou o clima sigiloso com que tudo foi feito.

- Achei legal o Sílvio ter segurado assim. Acho que a gente entregaria (a morte) em cena, ainda que de maneira involuntária.

Sílvio de Abreu também antecipou alguns lances que ocorrerão futuramente. O ciclista Danilo - interpretado por Cauã Reymond), que passou por uma cirurgia de lesão no quadril e está afastado da novela - voltará ao ar no fundo do poço, totalmente dependente do crack, mas sobreviverá.

- A próxima morte não tem a ver com o Danilo - disse o autor, revelando que o personagem irá até viver como um mendigo, dormindo nas calçadas da região conhecida como Crackolândia, no centro de São Paulo. Silvio revelou inclusive ter recebido cartas da Presidência da República e da prefeitura paulistana elogiando a forma como o problema da dependência vem sendo abordado.

Também está prevista o retorno de Berilo (Bruno Gagliasso), Augustina (Leandra Leal) e outros personagens da família de Totó Mattoli à Itália. Se para ficarem ou não, Sílvio prefere deixar no ar.

Ainda que Saulo tenha morrido, o trabalho de Werner Schünemann na novela não acabará, já que está previsto que ele grave novas cenas. Silvio de Abreu adianta, porém, que a maior parte seja na forma de flashbacks e não assombrando os vivos.

- Esta não é "A viagem" e o Werner já está no "Nosso lar", como um espírito do bem - diverte-se Silvio, citando uma das mais conhecidas novelas de Janete Clair, ´já exibida em duas versões pela emissora, e o filme de Wagner de Assis, baseado em livro de Chico Xavier e ainda em cartaz nos cinemas, no qual o intérprete de Saulo também atua.

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