Internacional

Novo diretor de "Charlie Hebdo" diz que não desenhará mais Maomé

"Não voltarei a desenhar mais o personagem de Maomé, já não me interessa".

Na Mira

Atualizada em 27/03/2022 às 11h43
O cartunista Luz, novo diretor da revista, com a primeira edição do periódico depois do atentado que matou 12 pessoas da equipe. Na charge, o profeta Maomé chora sob uma manchete:
O cartunista Luz, novo diretor da revista, com a primeira edição do periódico depois do atentado que matou 12 pessoas da equipe. Na charge, o profeta Maomé chora sob uma manchete: (Foto: Reprodução)

E o novo responsável pela revista satírica francesa “Charlie Hedbo”, o cartunista Luz, disse que não vai mais desenhar o profeta Maomé. Em janeiro, 12 pessoas da equipe morreram depois de a sede da revista ser atacada por jihadistas.

O cartunista garante que o ataque não é o motivo que o levou a decidir parar de desenhar o profeta. Segundo ele, não existe mais interesse. “Não voltarei a desenhar mais o personagem de Maomé, já não me interessa", declarou em entrevista publicada nesta quarta-feira (29) pela revista "Les Inrockuptibles”.

Luz é o autor da célebre capa com a qual o "Charlie Hebdo" retornou às bancas após o atentado de janeiro, na qual o profeta chorava sob uma manchete: "Tudo está perdoado".

Ele explicou que, na ocasião, não retratou Maomé de novo no semanário por "revanche", mas porque "aquela capa deveria ter um vínculo direto com os motivos do drama" que terminou com o ataque jihadista.

A comoção pelos atentados em Paris levou a revista a vender oito milhões de cópias do histórico número, um recorde na imprensa francesa e que gerou protestos em vários países árabes.

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