MUNDO - Na última quarta-feira (9), a revista americana Variety divulgou uma declaração feita em carta aberta atribuída aos "funcionários LGBTQIA+ da Pixar e seus aliados", que denunciava censura por parte do estúdio de animação. De acordo com o documento, os executivos da Disney ordenaram que qualquer conteúdo de "afeição abertamente homossexual" fosse retirado de suas produções.

A denúncia foi a resposta dos funcionários ao posicionamento do CEO da Disney, Bob Chapek, na qual ele declarou que que o ‘maior impacto’ que a empresa pode fazer para tornar o mundo um lugar mais inclusivo é por meio ‘do conteúdo inspirador' produzido pela empresa.

Porém, de acordo com o conteúdo da carta , a equipe criativa está sendo impedida de produzir histórias inclusivas que contenham afeto entre pessoas do mesmo sexo.

"Nós da Pixar testemunhamos pessoalmente lindas histórias, cheia de personagens diversos que, após análise de superiores da Disney, foram reduzidas a pó. Mesmo se criar personagens e histórias LGBTQIA+ for a solução para enfrentar a legislação discriminatória do mundo, nós estamos sendo impedidos de fazê-lo.”, afirma trecho da declaração.

A carta exige ainda que a Disney retire a ajuda financeira a todos os políticos que apoiam o projeto "Don´t Say Gay", aprovado no estado da Flórida nos Estados Unidos, que proíbe a discussão sobre a diversidade sexual e de identidade de gênero nas escolas.

Em resposta à denúncia, Bob Chapek declarou que a empresa doaria US$ 5 milhões para a Campanha de Direitos Humanos e que realizaria uma reunião com o governador da Flórida para discutir a aprovação da lei 'Don´t Say Gay' e suas consequências.

Para os funcionários do estúdio, a ação é um começo, mas não é tudo: 'Embora assinar a doação seja um passo na direção correta, a reunião de acionistas deixou claro que isso não é o suficiente. A Disney não tomou uma posição dura em apoio à comunidade LGBTQIA+ e, em vez disso, tentou aplacar ambos os lados."

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