Oportunidade

43º Festival Guarnicê abre inscrições para seis oficinas de cinema

As inscrições poderão ser feitas pelo site, de 28 de setembro a 30 de setembro.

Na Mira, com informações da assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h06
Cada oficina terá 20 participantes e carga horária de 30 horas.
Cada oficina terá 20 participantes e carga horária de 30 horas. (Foto: reprodução)

MARANHÃO - A Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em parceria com a Academia Internacional de Cinema (AIC) e o Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), por meio da Escola de Cinema do Maranhão, abriu inscrições para 120 vagas em seis oficinas que ocorrerão durante o 43° Festival Guarnicê de Cinema. Cada oficina terá 20 participantes e carga horária de 30 horas.

Ministradas por especialistas mulheres, as oficinas realizadas pela AIC são: ‘Roteiro para cinema’, com Renata Mizrahi; ‘Direção cinematográfica’, por Jô Serfaty; ‘Produção audiovisual’, com Juliana Salazar; ‘Montagem’, com Marília Moraes, e ‘Som para cinema’, por Fabiana Quintana. O IEMA-Escola de Cinema realizará ‘Do teste ao set: o trabalho e a criação do ator no cinema’, com Áurea Maranhão.

As oficinas ocorrerão de 13 a 21 de outubro de 2020. As inscrições poderão ser feitas pelo site, de 28 de setembro a 30 de setembro. O Guarnicê ocorrerá em formato híbrido, de 14 a 21 de outubro de 2020, com solenidades de abertura e encerramento em formato cine drive-in na concha acústica da Cidade Universitária Dom José Delgado, no Bacanga, em São Luís.

A abertura será transmitida também pela TV UFMA, canal 16.1. As ações virtuais serão formadas por mostras competitivas nacional e maranhense, com exibição, exclusiva, na plataforma de streaming do festival, desenvolvida pela UFMA. Haverá ainda oficinas, masterclass e webinários, que serão transmitidos no canal do festival no YouTube e redes sociais da UFMA.

Inovação nas oficinas

Além da inovação com o formato virtual, o 43º Festival Guarnicê de Cinema terá mais três grandes novidades.

Partindo de uma metodologia integrativa e colaborativa, as oficinas terão como proposta a produção de alguns filmes de curta-metragem, com duração de 3 minutos, no máximo, em que os participantes receberão esse desafio no quarto dia de aula. Os curtas serão exibidos ao público, no dia 21 de outubro, a partir das 9h30, no canal do festival no YouTube.

Serão sorteados, entre os participantes das oficinas, duas bolsas integrais de estudo para a Academia Internacional de Cinema (AIC), sendo uma para o curso Pitching Audiovisual on-line e outra o curso de Roteiro on-line: diálogos e desenvolvimento de personagem. Ambos on-line, com duração de 4 semanas.

Aos demais interessados, a AIC dará desconto de 20% aos participantes de Festival Guarnicê de Cinema, em qualquer um dos cursos oferecidos por essa instituição.

Conteúdo das oficinas

Roteiro para Cinema. Ministrante: Renata Mizrahi.

A escrita do roteiro de cinema não necessariamente se apoia apenas em diálogos. Aquilo que não é falado deve ser traduzido em ação. A imagem tem uma força muito grande. E como se fazer entender? Como atravessar o olhar do espectador e alcançar a subjetividade por trás da tela? Esse é o grande papel do roteirista.

Por meio de exercícios de escrita dramática, vamos estimular ideias potentes para a realização de curtas metragens de três páginas, com início, meio e fim, em que o comando será uma frase criada pela turma. Além de exercícios práticos de escritas, vamos ler roteiros e assistir a curtas-metragens analisando também a estrutura clássica, ponto de virada, as ações e os diálogos.

Renata Mizrahi é roteirista, dramaturga e diretora de teatro. Formada em Artes Cênicas na UniRio, estudou roteiro na EICTV, em Cuba, e na Oficina de Autores da TV Globo. Coordena o Curso de Formação Livre de Roteiro na AIC/RJ. Trabalhou como roteirista na Conspiração Filmes e na TV Globo. No Teatro: é vencedora do Prêmio Shell 2014 por “Galápagos”, direção de Isabel Cavalcanti.

A peça foi lida em novembro de 2015 em Nova York, no evento “Contemporary Theatre From Brazil at the Martin E. Segal Center” na Cuny University. Também foi indicada ao Prêmio Cesgranrio 2014 por “Galápagos” e ao Prêmio APTR 2014. Ganhou os prêmios de teatro infantil Zilka Salaberry de Melhor Texto, em 2012 e 2010, pelas peças “Coisas que a gente não vê” e "Joaquim e as Estrelas".

Na TV, escreveu a segunda temporada de Homens São de Marte (GNT), formatou e escreveu Tem Criança Na Cozinha (Gloob), que ganhou prêmio Conkids de melhor programa e foi indicada ao Emmy Kids. Escreveu Minha Estupidez (GNT), Vai que Cola, A Vila (Multishow), entre outros. É autora e roteirista do Tele Filme inédito Maria (TV Globo/ Globo Filmes). No cinema, ganhou prêmio de Melhor roteiro no Festival de Triunfo pelo filme ‘Amores de Chumbo’, direção de Tuca Siqueira.

É autora e roteirista do longa ‘Os Sapos’, que está em pré-produção, baseado na sua peça homônima, direção de Clara Linhart.

Direção Cinematográfica. Ministrante: Jô Serfaty

De caráter prático e expositivo, a proposta do curso é apresentar ferramentas de direção, guiados por uma ideia-dispositivo disparadora: Mostrar não é filmar. Para ver, também é preciso ocultar (Jean Louis Comolli). Com base nesta proposta, o curso vai se concentrar em refletir, analisar e oferecer instrumentos para criação de um curta-metragem, realizado coletivamente durante o período de pandemia, assim como desenvolver um senso crítico sobre as imagens e criar práticas para sensibilizar o olhar nesse contexto de confinamento. Os alunos terão o desafio de se perguntar; Como filmar dentro do espaço da casa, sem mostrar sua totalidade, encontrando com instrumentos do cinema diferentes possibilidades estéticas.

Jô Serfaty é cineasta e roteirista. Mestre em cinema pela Universidade Federal Fluminense, com a defesa da dissertação: ‘Periferias em movimento: notas sobre as margens no cinema contemporâneo’. Começou no cinema trabalhando na montagem do filme Brasília 18%, de Nelson Pereira dos Santos. Desde então, dirigiu e roteirizou cinco curtas: Confete (2012) e A ilha do farol (2017), compartilhando a direção com Mariana Kaufman; Peixe (2013), com Diogo Oliveira; Sobre a mesa (2015) e codireção do curta Imóvel (2016), de Isaac Pipano.

Os curtas se lançaram no desafio de experimentar linguagens híbridas, mesclando o documentário e a ficção. Seu primeiro longa, ‘Um filme de verão’, estreou na mostra Tiradentes e ganhou o prêmio Helena Ignez 2019 para a montadora Cristina, oferecido pelo Júri da Crítica a um destaque feminino da Mostra. Ganhou seis menções honrosas no festival de Brasília (2019), DocLisboa (2019), Festival internacional de Mar del Plata, Argentina (2019), Janela Internacional do cinema, Recife (2019).

O filme será exibido em trinta festivais pelo mundo entre 2019 e 2020. Seus trabalhos já estiveram no Lincoln Center (NY), Gotemberg Film festival (Suécia), Documenta-Madrid (ESP), Edimburgo Film festival (Escócia), entre outros. Também atuou em projetos de cinema e educação na rede pública e hoje é professora de direção da Academia Internacional de Cinema (AIC).

Produção Audiovisual. Ministrante: Juliana Salazar

O produtor é o profissional responsável por fazer o filme descrito no roteiro, sair do papel e se tornar realidade dentro do cronograma e da verba prevista. Composta de 3 encontros de 3 horas cada, a oficina Produção Audiovisual, tem como objetivo traçar um panorama do processo de produção, desde o roteiro até a sua distribuição.

Serão abordados os diversos aspectos do trabalho e atuação do produtor no cinema, a importância de sua visão técnica, administrativa e criativa em um projeto cinematográfico. Os conteúdos serão colocados em prática, através de um exercício prático de realização de um curta-metragem de, no máximo, 3 minutos, que será feito em conjunto com as turmas das oficinas de Roteiro, Direção, Atuação, Som e Edição.

Juliana Salazar é produtora audiovisual, coordenadora e diretora de produção, com mais de 15 anos de experiência no mercado. Atuou como gerente de produção na produtora Endemol Shine, desenvolvendo projetos de realities shows, séries e games shows nacionais e internacionais para os canais History Channel Argentina, Nat Geo Latin America, além dos canais locais, Record e SBT.

Também coordenou a produção dos projetos "Meus Prêmios Nick" para o Nickelodeon, "Comedy Central Apresenta", para o Comedy Central e "Musica.doc" para o VH1, todos pela Viacom Networks. Atuou como produtora de conteúdo de programas para o Discovery Home&Health na produtora Eyeworks/Cuatro Cabezas e coordenou a produção da primeira etapa da série: "Gigantes do Brasil", exibida no canal History Channel, pela produtora Boutique Filmes.

Produziu os documentários "Acidente do Voo 1907", indicado ao Emmy de Melhor Documentário para TV, exibido no Discovery Channel, além do documentário "Continente da Esperança", exibido pelo mesmo canal. Coordenou a produção da campanha na web para divulgação do Lollapalloza 2016, do Tomorrowland e também do programa The Beats Show (canal Vice), todos pela Vice Brasil.

Foi diretora de produção de diversos curtas-metragens, entre eles, "Opala Azul Negão", dirigido por Rene Brasil e selecionado no Festival de Tiradentes e "Estamos todos aqui", dirigido por Chico Santos e Rafael Mellin, ganhador no Festival de Tiradentes, prêmio especial do juri no Festival de Gramado, selecionado no Festival Mix Brasil e Festival Internacional de Cartagena.

É coordenadora geral de produção na Academia Internacional de Cinema SP, desde 2015, tendo coordenado e produzido diversos curtas de conclusão de cursos, além de ser a criadora e professora do curso Produção audiovisual online da AIC.

Montagem. Ministrante: Marília Moraes

O objetivo é trazer para o aluno uma ideia geral do que é a montagem de uma narrativa ficcional de um curta-metragem. Indo além da operação de um software, a proposta é a reflexão sobre o papel da montagem e do montador no universo cinematográfico. Ao apresentar e discutir ferramentas que tragam a possibilidade de um olhar crítico e criativo, vamos alargar as possibilidades na forma de se contar uma história através da análise de textos, filmes, estudos de caso, culminando com o trabalho final: a montagem de um filme feito em conjunto com as outras oficinas do programa.

Marília Moraes é graduada em Cinema (Puc-Rio). Pós-graduada em Arte e Filosofia (Puc-Rio). É coordenadora e professora do Curso de Montagem Livre na Academia Internacional de Cinema do Rio de Janeiro (AIC). Trabalha há 14 anos como montadora e consultora de montagem, atuando em diferentes áreas, tendo recebido vários prêmios. Atualmente está em processo de montagem de dois documentários.

Montou um dos filmes da série My Love, produção original Netflix. Foi editora finalizadora da série ficcional Onde Está Meu Coração, dirigida por Luisa Lima, uma produção Globo e Gullane Filmes para a Globoplay; mini-documentários Vozes do Araguaia, (co-produção TV Globo/Lunática Filmes), dirigido por Deborah Brennand Mendes; a série documental Onde Nascem as Ideias (Samba Filmes), dirigida por Carolina Sá; as 3 temporadas da série Sessão de Terapia e os filmes O Palhaço e Feliz Natal, dirigidos por Selton Mello.

Montou os longas: ‘Kardec’ (2018, Conspiração Filmes), dirigido por Wagner de Assis; ‘Fico te devendo uma carta sobre o Brasil’ (Daza Filmes e Video Filmes), dirigido por Carolina Benjamin; ‘Intimidade Entre Estranhos’ (2017), dirigido por José Alvarenga; o documentário ‘Auto de Resistência’, de Lula Carvalho e Natasha Neri, ganhador do Festival É Tudo Verdade, de 2018; o documentário: ‘Babenco’, Alguém tem que ouvir o coração e dizer: parou, dirigido por Barbara Paz.

E mais: ‘Foro Intimo’ (2016), de Ricardo Mehedff; ‘Mate-me Por Favor’ (2015, Bananeira Filmes), da diretora Anita Rocha da Silveira; ‘Beatriz’ (MPC Filmes), dirigido por Alberto Graça; ‘Maresia’, dirigido por Marcus Guttman; ‘Memória em Verde e Rosa’ (Condomínio Filmes), dirigido por Pedro von Kruger; o documentário ‘Território do Brincar’ (2014, ‘Maria Farinha Filmes), dos diretores Renata Meirelles e David Reeks; ‘Disparos’, dirigido por Juliana Reis; ‘Elena’, dirigido por Petra Costa; ‘Construção’, de Carolina Sá; ‘Testemunha 4’, de Marcelo Grabowsky; o documentário musical ‘A Curva da Cintura’, dirigido por Dora Jobim.

Som Para Cinema. Ministrante: Fabiana Quintana

Imagem e Som são dois elementos indissociáveis da experiência audiovisual. A Trilha Sonora tem papel fundamental na construção de sensações e sentidos, e através dos diálogos, ambientes, trilha musical e ruídos, formam uma parte significativa da narrativa cinematográfica. Para se fazer um filme, precisamos saber trabalhar o Som. Desde indicações sonoras no roteiro, passando por uma boa captação de som direto, um processo criativo de edição até a mixagem final. E é isso que iremos trabalhar nesta oficina: uma abordagem geral sobre o assunto, com exercícios práticos e discussões sobre o uso criativo do som no mercado cinematográfico.

Fabiana Quintana é Jornalista, Produtora, Mestre e Doutora em Som no Cinema/Multimeios, pesquisadora do Grupo de Música e Som aplicados a Dramaturgia e ao Audiovisual da UNICAMP. Tem experiência na área de Comunicação com ênfase em Cinema, Rádio e TV, com passagem por empresas como: Rede TV, Rádio Transamérica, Alpha e 89FM, Globo CondéNast.

Sua linha de pesquisa é sobre Trilha Sonora no Cinema com foco em Edição de Som/ Som Direto/ Foley, acompanhando o trabalho da equipe do estúdio Effects Filmes, coordenado por Miriam Biderman e Ricardo Reis Chuí e participação em projetos de Paisagens Sonoras. Realizou documentários e um Curta-metragem, entre eles: "Mito Negro, Orfeu Brasileiro" e "Des-Conecta". Responsável pela restauração do Acervo Sonoro do pioneiro do Som no Cinema: Geraldo José. Atualmente é docente na área de Cinema e Audiovisual.

Do teste ao set: o trabalho e a criação do ator no cinema. Ministrante: Áurea Maranhão

A Oficina aborda a estrutura e as exigências do mercado cinematográfico, técnicas de leitura, entrevistas, testes, incluindo pontos importantes da contratação até a análise de um roteiro. A partir da ótica do mercado, estudaremos as etapas do processo de seleção do ator em uma produção: estratégias de como fazer o self test, sobre o formato estabelecido e dicas para ser bem-sucedido nessa seleção.

O intuito é analisar cada fase que compõe essas relações criativas considerando o Projeto e seus Processos, incluindo a formatação de cláusulas importantes que devem fazer parte de um contrato. Abordaremos de modo sistemático o estudo, a leitura e a criação da personagem, trabalhando a escuta do ator e outras situações enfrentadas no Set de Filmagem.

Durante a oficina, olharemos, na prática, o desempenho do ator durante o self test, aperfeiçoando a leitura e a criação a partir de um roteiro cinematográfico. Finalmente, debateremos as fases da preparação de elenco, a troca com o diretor (a) e a equipe de criação. O extracampo como criação e construção da cena. É importante um(a) ator (atriz) compreender que cada filme terá formato e estruturas diferentes, mas que seguirão etapas similares, exigindo a cada trabalho preparação adequada e eficaz do ator ou da atriz.

Áurea Maranhão é atriz, diretora e performer formada na Escola de Arte Dramática EAD/ECA/USP. Estreou na Globo em A Dona do Pedaço. No Netflix, atua na série Cidade Invisível que tem estreia prevista para outubro de 2020. Dirigiu o curta metragem ‘Carnavalha’, ganhador dos prêmios de melhor filme júri popular, melhor atriz nos festivais Maranhão na Tela e Guarnicê de Cinema, entre outros prêmios e festivais.

No momento está montando dois curtas metragens, ‘Mala Preta’ e ‘Chá da Tarde’, com roteiros e direção assinados pela atriz; Em pesquisa no seu primeiro projeto solo para o teatro, intitulado ‘Mergulho’, dirigido por Tathy Yazigi; e, atualmente também dirige o espetáculo “Arfesco de Outono”.

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