São João 2017

Festas juninas marcam uma das épocas mais esperadas e doces do ano

As brincadeiras e comidas típicas estão liberadas com bom senso e equilíbrio.

Na Mira

Atualizada em 27/03/2022 às 11h23
A festa foi se adaptando à cultura brasileira e cada região tem sua forma de comemorá-la.
A festa foi se adaptando à cultura brasileira e cada região tem sua forma de comemorá-la. (Foto: Divulgação)

BRASIL - O mês de junho é aguardado com ansiedade por muitas pessoas, já que caracteriza uma das épocas mais gostosas do ano, na qual acontecem as tradicionais festas juninas. Realizadas, normalmente, em ruas, casas, clubes e igrejas são identificadas por elementos marcantes como a fogueira, quadrilha, bandeirinhas e as comidas típicas. Entenda como surgiu a comemoração e como saborear suas delícias com moderação e equilíbrio!

Contexto histórico

Com o tempo, as festas juninas passaram a ser consideradas típicas do Brasil. Porém, poucos sabem que sua origem é, na verdade, Europeia. O antropólogo Raul Lody explica que “a tradição veio da Antiga Europa, com os povos celtas, que comemoravam a boa colheita durante o solstício de verão e, por isso, a fartura de comidas e bebidas. Com o crescimento do cristianismo na Europa e a coincidência da celebração de três santos católicos – Santo Antônio, São João e São Pedro – no mesmo período, a comemoração passou a ser uma festividade religiosa. França, Itália, Portugal e Espanha foram os primeiros países a realizá-la.

Com o período de colonização do Brasil, os portugueses trouxeram a tradição para o país. Os costumes se misturaram com rituais indígenas, que introduziram alimentos a base de mandioca e milho à mesa. A festa foi se adaptando à cultura brasileira e cada região tem sua forma de comemorá-la. “Pode-se notar que, ao longo do tempo, deixou de ser apenas um evento local e se transformou em um verdadeiro atrativo turístico, movimentando o fluxo financeiro de várias regiões do país e influenciando, inclusive, a ‘imagem festeira’ do Brasil no exterior”, afirma o antropólogo.

Nordeste brasileiro: região em que acontecem algumas das festas mais festas mais famosas Atualmente, as maiores festas juninas se concentram no Nordeste, com destaque para as cidades de Caruaru (Pernambuco) e Campina Grande (Paraíba). As duas regiões criaram, inclusive, cidades cenográficas, com a reprodução de seus elementos históricos para a celebração das festas que contam com apresentações de quadrilhas, shows de forró e sertanejo e diversas barracas e quiosques oferecendo pratos típicos.

Curiosidade: Caruaru produz nessa época “o maior cuscuz do mundo”, de acordo com o Guinness Book, com cerca de 3 metros de altura e 1,5 metros de diâmetro.

Comidas típicas

As comidas que sempre estão presentes nas festas juninas são de deixar qualquer um com água na boca: desde a pamonha, curau, canjica, cuscuz, bombocado, batata doce assada e cocada, até o churrasquinho, cachorro quente, lanche de pernil e espiga de milho. Não há quem resista às tentações, mas vale relembrar: não é porque elas estão mais frequentes nesse período do ano, que devam ser devoradas “como se não houvesse o amanhã”.

Segundo a nutricionista Marcia Daskal, “é possível aproveitar os pratos saborosos sem culpa, mas o segredo está no tamanho das porções, que devem ser pequenas”. É importante também fazer escolhas conscientes e ter bom senso, optando por determinados docinhos que mais agradam e não costumam estar presentes no dia a dia, ao invés de comer tudo o que estiver pela frente.

“Quando for comer o milho, pense bem antes de adicionar muita manteiga. Será que não é mais bacana provar mais um tipo de alimento, ao invés de fazer essa adição sem medida? Com isso, é possível também provar o sabor natural da comida, o que enriquece, inclusive, o nosso paladar”, recomenda a nutricionista. Assim, o equilíbrio alimentar se torna aliado do prazer e da saúde.

Marcia ainda dá uma dica: “Durante as festas, acontecem também danças e diversas atividades. Então, se sentir que exagerou na alimentação, procure se movimentar mais e gastar as calorias. Assim, tudo fica equilibrado e a saúde agradece!”.

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