Saúde e beleza

Especialista orienta quais cuidados se deve ter com a pele

Maior órgão do corpo humano, a pele constitui, geralmente, 15% do peso corporal de cada indivíduo.

Maurício Araya/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h03

SÃO LUÍS – Maior órgão do corpo humano, a pele constitui, geralmente, 15% do peso corporal de cada indivíduo. O principal revestimento do nosso organismo requer cuidados, sobretudo neste período de altas temperaturas e calor intenso. Para isso, não podemos abrir mão da proteção. De acordo com o médico pós-graduado em Dermatologia Clínica e Cirúrgica, Hélio Noleto, além do protetor solar, alguns acessórios ajudam na proteção da pele, como uso de camisas de manga comprida e sombrinhas – bastante comum no Maranhão. "Além da proteção solar em si, do protetor solar, que, realmente, é o principal, a gente fala que o uso de alguns acessórios como sombrinhas, roupas com dióxido de titânio, que oferecem, também, certa proteção e bonés é a vestimenta adequada para quem pratica alguma atividade ou trabalha ao ar livre, e o uso do protetor solar, sempre", explicou em entrevista ao Imirante nesta quarta-feira (4) – ouça na íntegra.

O protetor solar é o instrumento básico no cuidado com a pele, mas, antes de buscar um produto, é recomendado procurar a orientação de um médico. "Via de regra, a orientação que eu costumo dar aos meus pacientes é usar um filtro entre 30 a 40, nunca menos do que isso e não há necessidade de usar um filtro maior que 40 ou 45, porque a gente sabe que a proteção que um 80 dá é a basicamente a mesma que o 30 ou 40 dá. O ideal é fazer uma consulta para se avaliar, mas aqui no Maranhão, como o clima é muito quente, sempre, o ano todo, a gente dá sempre preferência para os protetores em gel ou em gel-creme, que são protetores mais secos, e o paciente se sente mais confortável", diz. "O protetor solar, na verdade, ele serve para, além de proteger a pele para a questão do câncer de pele, para o aparecimento de sinais, também, serve por causa do envelhecimento precoce. Quem toma muito sol, realmente, envelhece mais rápido", alerta o médico.

O uso do protetor solar – cuja reaplicação ocorre a cada quatro horas – deve ser feito, também, por quem trabalha muito tempo em frente ao computador, ou seja, também, em ambiente fechado. "A orientação dada é para que seja usado, sem muita paranoia, também como no ambiente ao ar livre, mas que seja usado por quem, realmente, trabalha muito tempo em frente ao computador, em frente à televisão. Pode ser um fator mais baixo, mas tem que ser usado", sustenta.

A proteção deve ser feita, ainda, em dias de tempo nublado. "É um erro achar que o dia nublado não é dia de usar protetor solar. A gente sabe que a radiação atravessa as nuvens da mesma forma como se não houvesse nuvens. É importante, realmente, você usar o protetor solar mesmo em dias nublados", esclarece o especialista.

Vitamina D

A exposição ao sol, em curtos períodos de tempo, é até necessária, ao contrário do que muita gente imagina. A vitamina D, essencial para manter o equilíbrio mineral no corpo humano, por exemplo, só é fixada com a exposição à luz solar. "A gente diz que o corpo, realmente, precisa do sol, de qualquer forma. O sol do início da manhã e do fim da tarde é importante, exatamente, para a fixação do cálcio nos ossos. Então, quem faz essa fixação é a vitamina D que tem no sangue. A gente ingere a vitamina D nos alimentos e essa vitamina D é ativada pela luz solar. A gente precisa do sol para ativar a vitamina D, para fixar e fortalecer o cálcio", explica Hélio Noleto.

Lavagem

Outro mito relacionado aos cuidados com a pele é a lavagem excessiva, que pode até prejudicar o indivíduo. "Você tira a camada de proteção da pele e isso favorece infecções e dermatites. Tem gente que se engana achando que lavando a pele demais vai fazer bem. A gente recomenda uma lavagem com sabonete adequado para cada tipo de pele, de duas a três vezes ao dia, uma lavagem suave e tranquila, sem agredir muito a pele e sem retirar o manto lipídico que é uma camada de proteção fundamental", diz.

Câncer de pele

A exposição excessiva ao sol por um longo período de tempo e a falta de cuidados podem levar muitos pacientes a um quadro de câncer de pele. No Brasil, os cânceres de pele são os comuns. São, ao todo, 25% dos tumores malignos diagnosticados pelos médicos, grande parte causados pelo excesso de exposição aos raios ultravioleta do sol. "A gente fala sempre para o paciente procurar o médico quando ele sentir o aparecimento de qualquer lesão, o aparecimento rápido de lesões, às vezes, que a gente fala de lesões disformes, ou seja, não têm uma forma bem definida. Não é uma bolinha redondinha, é uma lesão que parece um mapa, geralmente maiores que 0,6 cm. Lesões que feridas, e não cicatrizes. Lesões de várias cores. Esses tipos de lesões, são lesões que, realmente, o paciente tenha cuidado, que ele procure o médico para que o médico faça o diagnóstico correto da lesão e um tratamento mais adequado", conclui o especialista.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.