Dia dos Namorados

Conheça histórias de encontros e desencontros amorosos

O relacionamento do casal Antônio da Silva e Ivaneide Alves de Oliveira é digno de uma novela.

Angra Nascimento /Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h32
 Antônio da Silva e Ivaneide Alves de Oliveira vivem uma história digna de novela. (Foto: Divulgação/ Arquivo pessoal)
Antônio da Silva e Ivaneide Alves de Oliveira vivem uma história digna de novela. (Foto: Divulgação/ Arquivo pessoal)

IMPERATRIZ – Os encontros e desencontros amorosos não estão presentes só nas cenas de novela. Na vida real, histórias de amor marcadas por idas e voltas são comuns, umas com final feliz, outras não. Como nas novelas, alguns têm um final feliz, seguindo a máxima do “felizes para sempre”.

A história do casal Antônio da Silva Santos, de 44 anos, e Ivaneide Alves de Oliveira Silva, 39 anos, que reside em Governador Edison Lobão, a 55km distante de Imperatriz, é digna de uma novela. Tudo começou na adolescência, quando Ivaneide, com apenas 14 anos, se apaixonou perdidamente por Antônio, também adolescente. Para viver o amor prematuro, a jovem enfrentou sua família, que era contra o relacionamento.

Aos 15 anos, ela engravidou. Para sua surpresa, Antônio não estava disposto a viver uma vida de casado. “Ele só queria saber de farra, me deixando sozinha durante a gravidez”, revela Ivaneide, lembrando que, sozinha, enfrentou um parto complicado, onde quase morreu.

 O casal durante a cerimônia no primeiro casamento, ainda na adolescência . (Foto: Divulgação/ Arquivo pessoal)
O casal durante a cerimônia no primeiro casamento, ainda na adolescência . (Foto: Divulgação/ Arquivo pessoal)

Mesmo com os problemas, Ivaneide não desistiu do seu amor. Nos anos posteriores, ela comeu o “pão que o diabo amassou” nas mãos de Antônio, que a traía frequentemente, até que se separaram, e cada um seguiu seu caminho.

“Depois da separação, eu percebi que sem ele era pior e resolvi lutar para ter seu amor de volta, mas ele não quis mais e se casou com outra pessoa. Decidi seguir minha vida e também me casei com outro homem, com quem tive mais um filho”, diz a mulher, ressaltando que Antônio também teve mais três filhos com a nova esposa.

Mas o destino queria o casal junto. Após 10 anos separados, as pessoas colocaram na cabeça de Antônio de que seus filhos do segundo casamento não se pareciam com ele, e para tirar a prova, resolveu fazer teste de DNA. Para sua surpresa, apenas um dos três filhos era seu filho biológico.

Arrasado, Antônio colocou um ponto final no casamento, e incentivado por um pastor, resolveu tentar uma reaproximação com filho que teve com Ivaneide Alves de Oliveira, de quem estava afastado desde o divórcio. Essa reaproximação rendeu ao ex-casal um recomeço, já que Ivaneide também tinha se separado.

 Antônio da Silva e Ivaneide Alves de Oliveira durante a solenidade do segundo casamento. (Foto: Divulgação/ Arquivo pessoal)
Antônio da Silva e Ivaneide Alves de Oliveira durante a solenidade do segundo casamento. (Foto: Divulgação/ Arquivo pessoal)

Decidido a viver uma nova vida com seu primeiro amor, Antônio se tornou evangélico, largou a bebida e mudou de personalidade, tornando-se um homem centrado na família, que em nada lembrava aquele adolescente que gostava de farra, noitadas e mulheres.

Apaixonado, o homem novamente casou-se com a mulher que tinha abandonado no passado. “Parece história de novela, e impossível aos olhos do homem de que poderíamos dar certo de novo, mas Deus abençoou, e hoje formamos uma família feliz e completa, somos felizes como nunca tínhamos sido antes”, afirma o casal, que se casou duas vezes no civil, como em uma cena de fim de novela.

Reencontros

Para a psicóloga Venúsia Milhomem, histórias de amor que começam na adolescência, mas não se sustentam, decorrem da falta de maturidade. “São relacionamentos que naquele momento não dão conta de lidar com as diferenças e a própria maturidade de uma relação”, diz, ressaltando que um relacionamento que começa na adolescência, tendo um desencontro e depois um reencontro numa fase madura, ocorre por causa da preservação de sentimento.

“Em casos assim, ficou um sentimento de cumplicidade e amor, preservados. E muitas vezes, aquela relação que não teve maturidade lá atrás, na vida adulta, há uma grande chance de dar certo. É na maturidade que aprendemos que companheiro é algo importante, e não é só de paixão que sobrevivem os relacionamentos, diz.

"A paixão é importante, mas ela não dá conta de sustentar uma relação” afirma a especialista que lembra: “uma relação é sustentada com base na cumplicidade, nas afinidades, e principalmente em saber lidar com as diferenças”, finaliza Venúsia Milhomem.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.