Perda para a cultura

Historiador diz que morte de Delfino Alves deixa um vazio na cultura popular de Imperatriz

O cantador popular, Delfino Alves morreu hoje (2), de câncer de pulmão.

João Rodrigues/ Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h36
Delfino Alves em peregrinação da Festa dos Santos Reis, no ano de 2014.
Delfino Alves em peregrinação da Festa dos Santos Reis, no ano de 2014. (Foto: Arquivo/ O Estado)

IMPERATRIZ – O historiador José Nilson Oliveira afirmou que a morte do cantador popular Delfino Alves Pereira, de 77 anos, neste sábado, (2), representa uma grande perda para a cultura e a religiosidade popular de Imperatriz. Delfino Alves morreu em decorrência de complicações de um câncer de pulmão.

José Nilson lembrou que a cultura pode ser resultado do trabalho de grupos que se interagem, mas, também, projetada por uma só pessoa, como era o caso do cantador popular e um dos pioneiros da Festa de Reis na Região Tocantina, Delfino Alves. Essa pessoa acaba se destacando e tornando-se folclórica, como é o caso do Elias do Boi, que era visto com frequência nas ruas da cidade.

“O seu Delfino, também, não é diferente nesse processo de ser um ícone, um símbolo, uma representação expressão cultural, a religiosidade, inclusive, popular, uma vez que ele sempre encampou na cidade de Imperatriz a Festa de Santos Reis”, reconheceu.

Professor Nilson, como é mais conhecido, lamentou a morte do artista popular a quem definiu como “amigo de nossa gente, expressão da cultura popular”.

Para o historiador, a morte de seu Delfino suscita uma pergunta sobreo futuro do trabalho que era desenvolvido pelo cantador.

“Certamente ele nos deixando fica um buraco, um vazio, uma lacuna e vem a grande pergunta: E agora? Quem é que vai fazer a festa de Santos Reis tão expressada todos os anos como era na pessoa de seu Delfino? Alguém vai fazer?”, indagou o historiador para depois reconhecer que, mesmo na hipótese de alguém assumir os festejos, ainda, assim seu Delfino vai levar consigo detalhes como a forma de fazer e a simbologia de uma tradição.

“Roguemos para que outras pessoas que ele ensinou possa ter a força, o ânimo, a esperança e a coragem incansável para que essa expressão popular não morra em nossa cidade”, finalizou o historiador José Nilson.

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