Paixão pelo ídolo

Fanatismo: “é como se o fã estivesse no lugar do ídolo”, diz psicóloga

A psicóloga Diana Régia diz que certas loucuras precisam ter limite.

Angra Nascimento/ Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h38
O estudante Felipe Pires já fez muitas viagens atrás da banda Calypso.
O estudante Felipe Pires já fez muitas viagens atrás da banda Calypso. (Divulgação /Arquivo pessoal )

IMPERATRIZ – Palco de grandes shows, a cidade de Imperatriz recebe artistas de renome do cenário musical. Em todos, sem exceção, existem um legado de fãs que fazem loucuras para chegar perto dos seus ídolos. São loucuras dos mais diversos públicos: tatuagens, viagens, marcas na pele além de muito choro.

Mas até que ponto esse amor é considerado normal? Para responder a este pergunta a reportagem do Na Mira conversou com a psicóloga Diana Régia Meireles, que explicou que muitas vezes o comportamento excessivo sai do controle e prejudica a vida da pessoa.

Alguns desses comportamentos exacerbados podem comprometer a vida da pessoa, como viagens sem planejamentos e sem limites. “Esse comportamento ocorre porque existe uma identificação muito grande com aquele artista, é como se fã estivesse no lugar dele e não mede esforços para estar junto daquele ídolo que ele admira e venera, de uma forma realmente exagerada”.

O estudante Felipe Pires, de São Luís, é um desses fãs que não mede sacrifícios para ficar perto da cantora Joelma, vocalista da banda Calypso. Fã incondicional, o jovem conta que já acompanhou a banda por praticamente quase todos os shows no Maranhão e alguns fora.

“Já viajei vários lugares, inclusive, o mais longe foi Natal, em que fui recentemente. Nessa viagem passei quase 30 horas dentro de um ônibus. Já faltei serviço diversas vezes, comprometi minha renda, mas todo o esforço é gratificante para está perto de Joelma”.

A especialista reconhece que é natural gostar, aplaudir, porém dentro das suas possibilidades. E ressalta, também, que essa idolatria é uma maneira de chamar a atenção.

“Eles (os fãs) se identificam de tal forma com esses personagens que passam a copiar a roupa, o modo de ser, as falas e querem cada vez mais se identificar. Muitas vezes isso não tem limite”, diz, lembrando que é nessa hora que os pais precisam estarem atentos.

“Em tudo na vida tem que ter limite, nesses casos, muitas vezes são filhos que os pais não colocam limites e acabam bancando essas loucuras”, afirma. “Não é que seja proibido ir aos shows dos seus ídolos, mas com limite e evitar copiar muito os famosos”.

Para Diana Régia, esse comportamento é decorrente de a pessoa querer está naquele lugar. “Essa grande admiração se justifica pelo fato de fã querer está no lugar do famoso, por ele chamar a atenção de muita gente”, ressalta.

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