Teatro

Espetáculo Cinquenta Tons de Taca bate recorde em estreia

As sessões lotaram os Teatro Ferreira Gullar, durante o fim de semana.

Angra Nascimento / Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h40
 A peça satirizou o livro Cinquenta Tons de Cinza. (Foto: Divulgação/ Rogério Benício)
A peça satirizou o livro Cinquenta Tons de Cinza. (Foto: Divulgação/ Rogério Benício)

IMPERATRIZ – Nem mesmo a polêmica sobre o material de divulgação, atrapalhou o sucesso na estreia da peça Cinquenta Tons de Taca, uma sátira bem humorada e regional do filme Cinquenta Tons de Cinza, da Cia de Teatro Okazajo. Durante os três dias, as sessões foram todas lotadas, surpreendendo até os atores.

A versão da companhia imperatrizense narrou a história do livro Cinquenta Tons de Cinza, na qual os personagens Anastácia e Cristian Clei se transformaram em Roxana, uma estudante do ensino médio que mora na Farra Velha, e Cristian Clei, Cristiano Clei, um conhecido agiota do Mercadinho.

Com uma linguagem regional e bastante escrachada, a sátira arrancou gargalhadas da plateia. Vancleia Silva, que estava na primeira fila disse que conseguiu entender a mensagem do grupo.

“Entendi sim, e achei muito divertido do começo até o final”, afirmou a espectadora, acrescentando que a personagem Divina, dona de um bordel na Farra Velha, interpretada pelo ator Oliveira, deu show de comédia.

Durante o espetáculo não faltou taca, onde a personagem Rox, uma moça virgem, além de apanhar da mãe, a dona do bordel, Divina, apanhou também no Cristian Clei, que tirou sua virgindade, em tom bem exótico e nada sedutor. O público, claro, deu muitas risadas.

 Todas as sessões foram lotadas. (Foto: Divulgação/ Rogério Benício)
Todas as sessões foram lotadas. (Foto: Divulgação/ Rogério Benício)

Rogério Benício, ator e diretor da peça, ressaltou que o espetáculo superou as expectativas. “Estamos muito felizes, pois o público compareceu, apesar da polêmica”, disse se referindo ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que a companhia teve que firmar entre a Defensoria Pública do Maranhão e ao Ministério Público Estadual, se comprometendo a três compromissos, os quais foram cumpridos.

Sobre a celeuma, Rogério reconheceu que errou no material de divulgação. “Tivemos equívocos na divulgação, todo mundo comete erros, e nós reconhecemos que erramos. Mas nosso objetivo maior não é fazer apologia à violência contra a mulher, e não só mulher, como crianças, idosos, gays, somos totalmente contra, a ideia é levar alegria às pessoas”, afirmou.

A Okazajo tem como bandeira principal, segundo Rogério, “fazer uma crítica com as mazelas sociais de forma cômica. Não só esse espetáculo, mas todos os demais, tem esse tom de crítica à realidade que às vezes é chocante. A gente satiriza, traz para o palco de uma forma bem humorada e divertida”, disse Rogério, frisando que o texto da peça Cinquenta Tons de Taca, não foi alterado.

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