IMPERATRIZ – Com o tema “Meu sobrenome é Babaçu”, a quadrilha junina de Açailândia, Flor de Mandacaru, aposta no regionalismo para agradar e emocionar o público, na edição 2015 do Arraiá da Mira. Este ano, o grupo resgata as raízes do interior do Maranhão, contando histórias das quebradeiras de coco.

De acordo com a responsável pela quadrilha, Iolanda Nogueira, a proposta traz o diferencial de contar a realidade como ela é, nua e crua. Segundo ela, a história que será retratada não é a de sofrimento das quebradeiras, mas sim da força e das conquistas de mulheres que ajudaram a construir a identidade de toda uma região.

“Nós vamos trazer a realidade, mas não mostrando o sofrimento dessas mulheres. O nosso objetivo é levar a força que elas têm, as histórias de luta e de conquista, dessas mulheres que são nossas avós, mães, tias. Nós nos inspiramos em histórias reais, até mesmo de parentes dos membros da quadrilha”, conta.

Criada em 2009 por um grupo de jovens da igreja, a bicampeã da competição açailandense participa pela quinta vez do concurso em Imperatriz, e sonha com o primeiro lugar, que só foi alcançado em outras competições no Estado. “Todo ano é um desafio e o nosso maior desejo é conseguir o título e ir para Recife, para ver as grandes quadrilhas”, diz Iolanda.

Para disputar o título com garra, a apresentação contará com a participação de um total de 90 pessoas, entre dançarinos, produtores, músicos e personagens. E os ensaios, apesar de duas vezes por semana (sábado e domingo), estão em ritmo intenso, com duração de mais de até seis horas por dia.

A Flor de Mandacaru será a penúltima quadrilha a se apresentar, no último dia do Arraía da Mira.

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