IMPERATRIZ – Cinco quadrilhas, todas visitantes, encerram o 5º Arraiá da Mira. O brilho e luxo das vestimentas dos brincantes marcaram o último dia de evento. Os temas foram do encanto da sanfona do baião, passando pela cidade de Caxias, colônias portuguesas, até a religiosidade do povo de Balsas. A quadrilha da Casa do Idoso e a dança do Lelê do Associação de Pais e Amigos Excepcionais (Apae), abriram a última noite de evento.

A primeira a entrar na arena de apresentações foi a “Estrela de São João” de Bom Jardim. Os ‘cabras da peste’ e gonzaguetes, assim denominados as mulheres e homens da brincadeira respectivamente, comandaram uma bonita homenagem ao nordestino e o baião, representado pela sanfona. A coreografia bem marcada, um figurino colorido e o capricho dos adereços foram os diferenciais da brincadeira, que fez sua primeira apresentação no Arraiá da Mira.

Sob a proteção de Santo Antônio, a “Arraiá do Koroné”, segunda quadrilha do concurso, mostrou toda a religiosidade do povo de Balsas com o tema “Santo Antônio de Balsas”. O grupo, com 60 brincantes, participa pela segunda vez da maior festa junina da região. Durante a apresentação os participantes, por meio de um tecido de seda, fizeram movimentos, simbolizando uma balsa, antigo meio de transporte da população do município, mas que até hoje é usado para levar a imagem do santo, no encerramento do festejo.

A cidade de Caxias foi o tema da quadrilha “Sai de Baixo”, que veio representar o município. Depois de viajar quase 900 km, os 45 brincantes apresentaram as belezas e encantos da cidade do poeta Gonçalves Dias. A quadrilha apostou na mescla dos tradicionais passos de quadrilhas como: a grande roda e o serrote, e coreografias mais modernas. O luxo da roupa dos brincantes foi um ingrediente a mais na tentativa de conquistar os jurados e levar o título de melhor quadrilha. Uma das inovações da brincadeira foi um mosaico com pontos turísticos e da história de Caxias.

Direto da cidade de Parnarama, distante mais de 600 km de Imperatriz, a quadrilha “Cadê os Zome” se apresentou pela primeira vez no ‘Arraiá da Mira’, trazendo inovação. Os brincante, em vez de dispostos em pares como o tradicional, vieram em trio, foram 32 mulheres e 16 homens. A quadrilha celebrou a festa do Divino Espírito Santo. Com o tema “Das colônias portuguesas ao Brasil atual: Cadê os Zome celebra a festa do Divino neste arraial”, os brincantes dançaram de vermelho e o branco. Lampião e Maria Bonita, personagens do sertão nordestino, também, foram homenageadas durante a apresentação. A quadrilha conquistou o terceiro lugar com 86,52 pontos e levou R$ 1.500 como prêmio.

A última quadrilha a entrar na arena de apresentações do Arraiá da Mira 2013 foi a segunda representante de Balsa, “São João dos Cerrados”. Com o tema “Fé Sertaneja”, a brincadeira trouxe a religiosidade do nordestino para a arena de apresentação. O luxo e baile dos vestidos das brincantes foi um espetáculo a mais. Os 50 componentes entraram retratando a tristeza do nordestino, principalmente, por causa da seca, mas com a fé o sertanejo encontra forças para superar os problemas e a alegria para realizar as festas como os arraiás. E foi com a fé em São José, padroeiro de Balsas que a quadrilha “São João dos Cerrados” dançou e encerrou as apresentações do concurso de quadrilhas.

Durante os três dias de festa, cerca de 14 mil pessoas passaram pela estrutura montada no estacionamento do Imperial Shopping. Foram 15 quadrilhas que se apresentaram participando do concurso, e a Arrasta pé foi a grande campeã do festival este ano. “Nós conseguimos reunir quadrilhas de várias partes do Estado e estamos feliz em proporcionar esse evento, principalmente, para Imperatriz que carece de espaços como este, além de ser uma obrigação nossa, enquanto meio de comunicação, realizar eventos deste porte”, afirmou o diretor executivo do Sistema Mirante, Alan Neto.

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