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Dor crônica na região lombar pode ser sinal da osteofitose

Condição é mais conhecida como "bico de papagaio" e é consequência da osteoartrose que afeta a coluna.

Na Mira, com informações de assessoria.

Atualizada em 27/03/2022 às 11h01
( Foto: Reprodução)

Certamente, você já ouviu falar do “bico de papagaio”, termo popular para a osteofitose. Trata-se de uma doença musculoesquelética ligada ao processo de degeneração e desgaste da coluna, a osteoartrose.

Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em Pilates e RPG, com o desgaste dos discos da coluna vertebral, típico do processo natural do envelhecimento, ocorre uma instabilidade nos segmentos da coluna.

"Com isso, os movimentos se alteram. “O corpo, em uma tentativa de estabilizar e fundir o segmento da coluna atingido por essa condição, faz crescer um osso, chamado de osteófito”.

“A partir desse processo, ocorrem formações ósseas nas bordas das articulações, na frente ou para o lado do disco intervertebral. Quando o paciente é submetido a um exame de imagem, essas formações lembram um bico de papagaio, por isso é conhecido por esse termo”, comenta Walkíria.

Lombar é mais afetada

A região lombar costuma ser a mais afetada pela osteofitose, embora possa ocorrer em qualquer outro segmento da coluna. Normalmente, há rigidez da coluna e pressão dos nervos e dos músculos que fazem parte da região afetada. Por essas razões, a dor é o principal sintoma da osteofitose.

Má postura ao longo da vida aumento risco

“Embora o envelhecimento tenha um papel importante no desenvolvimento da osteofitose, a adoção de posturas incorretas ao longo da vida é a principal causa da doença. Outros aspectos podem influenciar, como hereditariedade, má postura, excesso de peso, sedentarismo, fraturas e doenças reumáticas”, explica Walkíria.

“Todas essas condições promovem o desgaste das articulações cuja consequência é a calcificação vertebral. Infelizmente, é um processo irreversível e progressivo. Ou seja, é uma condição crônica e tende a piorar ao longo do tempo”, adiciona.

Fisioterapia é essencial


Quando a doença já está instalada, a fisioterapia é essencial para melhorar a dor e para recuperar a estabilidade da coluna.

“O osteófito não pode ser removido. O tratamento fisioterápico tem como foco o fortalecimento da região da coluna, a melhora da amplitude de movimento e da flexibilidade e, acima de tudo, a correção das posturas”, reforça a especialista.

“Nesse sentido, a Reeducação Postural Global (RPG) é excelente para ajudar o paciente a corrigir a postura. Já o Pilates também pode contribuir em diversos aspectos, com a vantagem de poder ser adotado como uma atividade física permanente”, diz Walkíria.

Mudança de hábitos pode prevenir

A maioria da população não tem consciência da má postura. “Infelizmente, passamos a vida toda adotando posturas incorretas. Muitas vezes, nem percebemos. Contudo, esses maus hábitos refletem lá na frente, quando começamos a envelhecer”, reforça a fisioterapeuta.

O que você pode fazer para prevenir a osteofitose:

  • Adotar posturas adequadas para cada movimento do dia a dia
  • Perder peso
  • Realizar uma atividade física regularmente (5 ou mais dias da semana)
  • Praticar Pilates
“Outra maneira de prevenir a osteofitose é procurar um fisioterapeuta para uma avaliação da postura. Podemos agir para não desenvolver a condição. Várias técnicas da fisioterapia podem ajudar o paciente a melhorar e a corrigir as posturas”, finalizada Walkíria.

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