Audição

Barulho em excesso: o inimigo invisível dentro de casa

O alerta é para o alto volume das TVs e aparelhos sonoros, que podem prejudicar a audição.

Na Mira, com informações da Assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h08
O zumbido pode ser o primeiro sinal de perda auditiva.
O zumbido pode ser o primeiro sinal de perda auditiva. (Foto: Reprodução)

Nesta época de quarentena por causa da pandemia, o inimigo invisível, dentro de casa, não é só o coronavírus. Existe um outro, que já está presente no cotidiano de muitas famílias: o barulho em excesso. Principalmente agora, que todos estão reunidos 24 horas por dia, os altos volumes de som podem trazer riscos para a audição.

O barulho em casa vem de todos os lados. É o volume alto da TV e do aparelho de som, o rádio ligado na cozinha, o liquidificador, o secador de cabelos, o aspirador de pó. E se forem ligados ao mesmo tempo, é ainda pior. Sem falar nos brinquedos sonoros da criançada: dinossauros que rugem alto, carrinhos com sirenes, jogos com explosões, guitarras, aviões e tantos outros. Brinquedos em geral, mas principalmente os do tipo made in China, podem emitir ruídos acima do limite permitido por lei, que é de 85 decibéis.

"Os ruídos estão por toda parte e podem causar prejuízos à audição, em todos que os convivem no ambiente, em grau maior ou menor, dependendo da disposição genética de cada um. Os pais precisam estar atentos e proteger também seus filhos do excesso de barulho", alerta a fonoaudióloga Marcella Vidal.

O barulho pode ser também a causa mais provável do zumbido e, muitos pacientes que apresentam zumbido nos ouvidos, também têm problemas auditivos. Estudo conduzido por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP comprovou que o zumbido pode ser o primeiro sinal de perda auditiva; 34,7% dos pacientes atendidos no grupo tiveram a exposição a ruídos como uma das causas do zumbido. O mal pode afetar a todos, inclusive os jovens habituados a ouvir música alta usando fones no ouvido. O zumbido pode variar de intensidade de pessoa a pessoa, indo desde um pequeno incômodo até um forte ruído que causa grande estresse e dificulta a execução das tarefas do dia a dia.

"Infelizmente é comum que a pessoa só procure tratamento quando o caso já está mais grave. Qualquer dano à audição vai se somando ao longo do tempo e os efeitos podem não ser sentidos de imediato. A exposição frequente ao barulho pode levar, com o tempo, à perda permanente e irreversível da audição", enfatiza a fonoaudióloga.

Portanto, é preciso adotar a cultura da prevenção, respeitando os limites de decibéis recomendados pelos especialistas, dentro de casa. A exposição contínua a ruídos superiores a 50 decibéis pode causar perda progressiva da audição.

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