Representatividade

Projeto conta a história de mulheres notáveis

O projeto é incentivado pela Secretaria Especial da Cultura.

Na Mira / Com informações do Ministério da Cidadania

Atualizada em 27/03/2022 às 11h13
Primeira pessoa a dirigir um filme de ficção na história, Alice Guy Blaché foi homenageada no último episódio da série.
Primeira pessoa a dirigir um filme de ficção na história, Alice Guy Blaché foi homenageada no último episódio da série. (Foto: reprodução)

BRASIL - Em busca de maior representatividade feminina na história, a cineasta Natália Milano criou o projeto O Álbum das Mulheres Incríveis. Ele é, na definição da própria autora, um álbum de colagens, inspirações femininas que gostaria de compartilhar. Selecionado pelo edital Juventude Vlogueira: Canais Culturais na Web, o projeto já conquistou grande alcance de inscrições e visualizações no canal YouTube.

O edital voltado à juventude foi lançando em 2017, pelo então Ministério da Cultura. A iniciativa apoiou o desenvolvimento de 16 canais de conteúdos audiovisuais com temática cultural livre. Os projetos selecionados são inéditos e originais, veiculados de forma gratuita. Cada um dos contemplados recebeu R$ 50 mil.

Para Natália, a baixa visibilidade da mulher em áreas como o audiovisual, demonstrada por meio de pesquisas recentes, a fez perceber como o gênero feminino também foi negligenciado do ponto de vista histórico.

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“A história foi contada pelo ponto de vista masculino, por esta razão, muitas vezes as mulheres foram deixadas em segundo plano ou apagadas. A sociedade, há milhares de anos, é dominada pelo homem. Isso eu pude perceber claramente durante a pesquisa que fiz para escolher as histórias de quais mulheres eu iria contar”, afirmou.

O programa reúne histórias de um grupo diverso, composto por mulheres de diferentes áreas de atuação, como artes, esportes e ciência. “O objetivo é dar referências para que nós, mulheres, e jovens meninas, possam sonhar alto e conquistar todos seus objetivos”, disse.

O último episódio da primeira temporada, por exemplo, é dedicado à diretora de cinema Alice Guy Blaché, primeira pessoa a dirigir um filme de ficção na história. “Sou formada em Cinema, estudei em Los Angeles, e eu nunca tinha ouvido falar dela. Agora que estamos descobrindo mulheres que fizeram diferença, que mudaram a história e que a gente não conhecia. Percebi que isso me fez muita falta quando eu estava crescendo”, afirmou.

A cineasta conta que, sem o edital, O Álbum das Mulheres Incríveis não existiria. “Hoje, milhares de mulheres, meninas e homens puderam assistir e foram impactos pela história de grandes mulheres que fizeram diferença e mudaram a história do mundo. Recebo muitas mensagens de pessoas me contando que elas não conheciam essas histórias, que se sentem inspiradas. Professores usam o conteúdo em sala de aula e me mandam mensagem depois. Meu desejo é continuar contando essas histórias”, concluiu. Natália afirmou que pretende produzir uma segunda temporada para o programa.

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