Sua Saúde

Cuidar da audição é essencial para manter o bem estar

Aceitar a perda auditiva e procurar ajuda médica é o primeiro passo para voltar a ouvir bem.

Divulgação/ Assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h22
A dificuldade de ouvir atinge grande parte da população idosa.
A dificuldade de ouvir atinge grande parte da população idosa. (Foto: Reprodução/ Internet)

A população idosa vem crescendo no Brasil. Em 2020 o país deve ter 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Os avanços médicos e tecnológicos são fatores que colaboram para o aumento da longevidade, mas é preciso lembrar também dos males que a idade avançada acarreta. Um deles é a perda de audição.

A dificuldade de ouvir atinge grande parte da população idosa e gera problemas de comunicação, acarretando situações constrangedoras na família e no dia a dia em sociedade. E o pior: essa incapacidade auditiva, com o decorrer do tempo, pode levar ao isolamento social progressivo e à depressão, principalmente se o indivíduo também tiver outras limitações funcionais, como dificuldade para andar.

“O ser humano é um ser social, por isso a comunicação e o relacionamento são aspectos primordiais na vida. Não existe ser humano sem comunicação. Mesmo assim, não é fácil falar sobre deficiência auditiva por causa da resistência que as pessoas têm em admitir a surdez. Mas trazer à tona o problema é a melhor coisa a fazer. Uma das soluções possíveis é o uso de aparelhos auditivos, que resulta em melhoras significativas na qualidade de vida do idoso”, afirma a fonoaudióloga Isabela Carvalho.

A hereditariedade e a exposição frequente a ruídos altos, ao longo da vida, são os principais fatores que contribuem para a perda de audição na terceira idade - chamada de presbiacusia. O zumbido no ouvido também pode ser um sinal de dano auditivo. Outra evidência é a dificuldade do idoso de entender uma conversa ou ouvir o noticiário da TV, por exemplo, sem aumentar o volume.

A imensa maioria dos pacientes demora vários anos para procurar ajuda médica e tratar a dificuldade de ouvir; em parte, devido ao início lento da perda auditiva, bem como ao estigma negativo associado ao uso de aparelho auditivo. Mas nos últimos anos isso vem mudando graças ao design, ao tamanho – bem pequeno - e às novas tecnologias dos aparelhos auditivos .

Com a vida moderna e as várias opções de lazer e atividades físicas e culturais, a quebra do preconceito em relação ao uso de aparelhos de audição é fator primordial para que o idoso aceite sua limitação auditiva, procure ajuda e mantenha-se ativo. "A audição é fundamental para mantermos uma boa comunicação no cotidiano, seja em casa, no trabalho ou no convívio social; e atualmente os aparelhos são minúsculos, bem melhores do que aqueles de quinze, vinte anos atrás, tanto em termos de tecnologia quanto de design”, lembra a fonoaudióloga, especialista em audiologia.

É muito frequente os familiares, injustamente, descreverem o idoso portador de deficiência auditiva como confuso, desorientado, distraído, não colaborador e zangado. Essas características podem estar associadas à dificuldade de ouvir. Segundo especialistas, muitas pessoas já experimentam algum grau de perda da audição a partir dos 40 anos, por causa do envelhecimento natural do corpo. O processo é diferente em cada um, mas aproximadamente uma em cada dez pessoas nesta faixa etária tem dificuldade para ouvir. Depois dos 65 anos, a perda auditiva tende a ser mais severa. Por isso, o melhor é procurar um especialista aos primeiros sintomas de perda auditiva.

“O uso diário do aparelho e o apoio da família são essenciais para que o indivíduo resgate sua autoestima. Infelizmente, muitas vezes, quando se procura tratamento, o caso já está grave. A perda se dá de maneira lenta e progressiva e com o decorrer dos anos a deficiência atinge um estágio mais avançado”, explica Isabela Carvalho.

Qualquer pessoa que sinta algum desconforto na audição deve procurar um otorrinolaringologista. É imprescindível diagnosticar a deficiência auditiva, identificar suas causas e tratá-la o mais precocemente possível. Na maioria das vezes, o uso do aparelho auditivo transforma a vida do usuário, devolvendo sua confiança e alegria por voltar a ouvir os sons do mundo a sua volta.

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