Dicas na mira

Ir a adaptações teatrais de livros pode ajudar aluno na hora do Enem e vestibular

Como os vestibulares cobram conteúdo de muitos destes livros, conferir uma adaptação teatral pode ser uma experiência agregadora.

Na Mira, com informações da assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h22
Peças de teatro podem na vida acadêmica.
Peças de teatro podem na vida acadêmica. (Foto: Divulgação)

BRASIL - Para alunos que vão prestar vestibular, tudo o que puder auxiliar na hora da prova é válido - portanto, é uma boa estudar por meio de aulas, resumos, filmes e, até mesmo, peças teatrais. A expressão artística que frequentemente se vale do conteúdo de obras literárias tradicionais para compor suas peças, seja através de adaptações fiéis, seja fazendo alterações na história original.

Como os vestibulares cobram conteúdo de muitos destes livros, conferir uma adaptação teatral pode ser uma experiência agregadora de estudo que, inclusive, pode fazer a diferença no momento de resolver uma questão de Literatura do Enem ou do vestibular. De acordo com Priscila Câmara, professora de Literatura e Gramática, plataforma de estudo a distância, assistir às peças teatrais pode funcionar como uma revisão e complementar a preparação para o vestibular, além de aliviar a tensão do dia a dia de estudos.

"Estudar por meio do teatro ajuda, mas também não adianta apenas assistir às peças. O ideal é que o aluno leia o livro inteiro, estude e leia as resenhas críticas, para que os filmes e peças relacionadas à literatura funcionem com um 'algo a mais' na preparação. Até porque, muitas peças fazem alterações nas obras originais. Por isso, é sempre bom observar se a adaptação é fiel ao livro e confirmar o conteúdo com um professor", explica.

Nos vestibulares mais concorridos do país, possuir este diferencial mencionado pela professora pode ser o fator decisivo quando o assunto é a aprovação. A Fuvest, por exemplo,cobra dez livros na prova deste ano. A boa notícia é que muitos deles foram adaptados para o teatro: Iracema, de José de Alencar; Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis; O Cortiço, de Aluísio Azevedo; As Cidades e as Serras, de Eça de Queirós; Vidas Secas, de Graciliano Ramos; Minha Vida de Menina, de Helena Morley; Claro Enigma, de Carlos Drummond de Andrade; Sagarana, de Guimarães Rosa e Mayombe, do escritor sul-africano Pepetela.

Se existe alguma dúvida sobre como esse conteúdo será transmitido, a professora esclarece, "Geralmente a Fuvest apresenta os trechos do livro e pedirá para que o aluno resolva uma questão de gramática ou ortografia". Para Priscila, assistir às peças faz com que o aluno entre em contato com pontos primordiais para o entendimento da obra, como enredo, personagens e contexto. "É possível observar também qual o tempo, se é cronológico ou psicológico, se há digressões. Este tipo de mudança pode ser identificada se houver uma variação brusca na luz ou alguma marcação como esta. No entanto, há coisas que ficam mais difíceis identificar. Os tipos de narradores, por exemplo, é menos provável que haja essa figura entre os participantes da peça", orienta.

O vestibulando Vinícius Fernandes, de 19 anos, identificou-se tanto com esse formato que decidiu prestar vestibular para Artes Cênicas, na Fuvest. Ele conta que, recentemente, assistiu a uma adaptação de Vidas Secas que o ajudou a entender melhor o contexto histórico onde a história transcorre. "Ir neste tipo de peça facilita o entendimento do livro que, muitas vezes, tem uma linguagem mais complexa do que aquela que é apresentada no palco. Acho super válidas estas formas alternativas de estudar, principalmente para o Enem, que cobra do aluno um conteúdo menos formal", conclui.

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