BRASIL - O cantor, compositor e músico carioca Luiz Carlos Santos, morreu na manhã desta sexta-feira (4). Ele não resistiu a uma longa luta contra o câncer.
Luiz Melodia tinha só 22 anos, quando lançou, em 1973, seu álbum de estreia, Pérola negra, com produção e arranjos do baiano Perinho Albuquerque, que assina como diretor musical. Reputado como um dos melhores discos da MPB de todos os tempos, o trabalho atirava certeiramente em várias direções, do Forró de janeiro aos hibridismos com jazz e blues que deram identidade a Melodia ao longo da carreira, brilhante em composições como Magrelinha, Objeto H, Abundantemente morte, Estácio holly Estácio, além da faixa-título.
A ficha técnica reunia desde o regional do violonista Canhoto e o flautista Altamiro Carrilho, no samba-choro Estácio, eu e você, até a guitarra soul/rock de Hyldon, sob arranjo de Artur Verocai, em Prá aquietar.
Consolidado a partir de ótimos discos como Maravilhas contemporâneas (1976), que trazia outros dois clássicos de sua autoria, Juventude transviada e Congênito, e Mico de circo (1978), que emplacou sua gravação consagrada de A voz do morro, de Zé Keti. Nos anos 1980, com discografia menos inspirada, seguiu compondo pérolas como Só e se firmou-se como intérprete, a partir de sua gravação de Negro gato (Getúlio Côrtes).
Melodia atravessou a década seguinte com shows de sucesso, inclusive na Europa, espraiando-se musicalmente por samba-funk, reggae e samba nos moldes ortodoxos. Tudo sem deixar de brilhar como canário, em regravações populares como Codinome beija-flor (de Cazuza, Ezequiel Neves e Reinaldo Arias) e Broto do jacaré (Roberto e Erasmo).
Deixa a viúva Jane Reis, sua empresária e cantora, e o filho Mahal, rapper.
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